5 de dez. de 2008

AS 12 Tribos de Israel (Tribo de Manassés e Efraim)

Manassés.

Manassés foi o 14º rei de Judá, governando de 686 (aprox.) à 642 a.C.
Manassés era filho de Ezequias e sua mãe era Hefzibá. Era descendente da linhagem real de Judá, iniciada com o rei Davi, sendo, portanto, antepassado de Jesus Cristo. A principal fonte de informação sobre ele é o Antigo Testamento da Bíblia, estando a sua história registrada nos livros de II Reis 21:1-18 e II Crônicas 33:1-20.

Ofensas ao costumes

Segundo a Bíblia, Manassés iniciou seu reinado aos 12 anos e, por 55 anos, governou em Jerusalém.
Os textos bíblicos informam que Manassés não exerceu a devida liderança reiligiosa que desempenhou seu pai. Promoveu a idolatria à Baal, reconstruindo os altares destruídos por seu pai. Promoveu práticas de magia e adivinhação e introduziu até mesmo nos pátios do templo ritos e altares indevidos. Um dos extremos dessa chamada idolatria foi o sacrifício humano, tendo incluído os seus próprios filhos.

Fez ele também passar os seus filhos pelo fogo no vale do Filho de Hinom, e usou de advinhações, e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira. (II Crônicas 33:6)
A Bíblia diz também que Manassés não ouviu os profetas, e a tradição judaica menciona que ordenou a morte de Isaías, serrado-o em pedaços.

A situação política

A Assíria era a potência dominante naquela época e algumas décadas antes havia devastado o reino de Israel, bem como invadido Judá, quando o seu pai ainda governava, mas não obteve sucesso em invadir Jerusalém.
Os reis assírios Assurbanipal e Esar-Hadom listavam Manassés como rei tributário, e inclusive, a mesma Assíria levara Manassés cativo, por certo tempo.
De acordo com o livro de II Crônicas, a prisão de Manassés teria se dado por uma repreensão divina pelo fato do povo não ter dado ouvidos para se arrependerem dps pecados:
E falou o SENHOR a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos. Pelo que o SENHOR trouxe sobre eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés entre os espinhais, e o amarraram com cadeias, e o levaram à Babilônia. (II Cr 33:10-11)

Mudança de atitude do rei e atos finais

Após ser preso pelos assírios, ainda no cativeiro, Manassés arrependeu-se amargamente de seu proceder, fez uma sincera oração a Deus e resolveu mudar de atitude.
E ele angustiado, orou deveras ao SENHOR, seu Deus, e humilhou-se muito eprante o Deus de seus pais, e lhe fez oração e Deus se aplacou para com ele e ouviu a sua súplica, e o tornou a trazer a Jerusalém, ao seu reino; então reconheceu Manassés que o SENHOR é Deus. (II Cr 33:12-13)
Foi então liberto por Deus, voltou a Jerusalém e removeu os altares de idolatria que havia construído. Passou a incentivar a adoração à Jeová (ou Javé) e a oferecer os devidos sacrifícios, retirando do templo os objetos de profanação.
Manassés ainda construiu uma muralha externa para defender sua cidade.

Reconstrução de Judá

Após a desastrosa revolta de Ezequias contra a Assíria, Manassés herdou de seu pai um reino devastado, reduzido territorialmente e gravado com um pesado tributo a ser mandado, anualmente, para Nínive. Recuperar o reino desse desastre, exigiu longos anos de esforço concentrado, conduzido pelo rei e seus assessores.

A primeira providência de Manassés consistiu em garantir que Judá pudesse trabalhar em paz.

Para isso, ele cultivou a benevolência da Assíria, mostrando-se um vassalo fiel e prestativo. Um documento da época de Asaradão (Esarhaddon), sucessor de Senaquerib no trono assírio, menciona Manassés fornecendo abundante material de construção para um projeto real em Nínive. O rei seguinte, Assurbanipal, lista o judeu entre os soberanos que lhe enviaram presentes e o ajudaram a conquistar o Egito. O sucesso dessa política pode ser atestado no fato de Manassés ter conseguido reduzir o valor do tributo imposto ao seu reino. Um texto do Século VII a.C. mostra que esse tributo tornou-se menor do que o cobrado de Amon e Moab, reinos vizinhos de Judá. Quanto ao relato bíblico (2Crônicas 33,11) sobre a prisão de Manassés pelos assírios na Babilônia, sua credibilidade histórica é bastante discutível.

Perdida a fértil região de Shephelah, restou a Manassés intensificar a produção agrícola nas terras ao sul de Jerusalém, valendo-se do crescimento populacional dessa área, para onde se dirigiram os que escaparam da investida assíria. Com investimentos públicos e o esforço concentrado da população, essas terras, originalmente áridas, passaram a suprir cerca de 1/4 das necessidades de grãos do reino.

Mas o principal êxito de Manassés, em seu projeto de reconstrução de Judá, consistiu em integrar seu reino à economia internacional da Assíria, sobretudo ao comércio de produtos exóticos que fluia da Arábia. Algumas das importantes rotas de caravanas atravessavam territórios ainda controlados pelo reino judaico, circunstância que Manassés soube explorar em seu favor.

Escavações arqueológicas descobriram dois grandes fortes construídos nessa época, no interior do deserto, para proteger os mercadores. Além disso, inscrições encontradas em diversos sítios em Judá evidenciam suas conexões comerciais com a Arábia. È também possível que o casamento de Manassés com Mesalemet (de provável procedência árabe) tenha resultado dos interesses econômicos do rei judaico.

No texto bíblico, Manassés é execrado como o monarca mais pecaminoso do Reino de Judá (2Reis 21,3-7), por ter reintroduzido a idolatria, permitindo a reconstrução de altares destruídos por seu pai. Ele chega a ser responsabilizado pela futura destruição de Jerusalém pelos babilônios, fato que somente ocorreria no século seguinte. Provavelmente, para obter a cooperação dos anciãos das aldeias e dos clãs, ao seu projeto de reconstrução econômica do reino, o monarca permitiu a retomada dos cultos populares a Baal, aos postes sagrados (Asherat) e aos astros do céu. Essas práticas religiosas, executadas em altares ao ar livre, sempre existiram nas áreas rurais do país, independente do culto oficial a IHWH, centrado no Templo de Jerusalém.

O Reino de Judá jamais se recuperou plenamente do desastre causado pela expedição punitiva de Senaquerib. Mas quando Menassés morreu, o país havia restaurado parte de seu vigor econômico, apresentando uma situação bem mais confortável do que o cenário de desolação deixado por Ezequias.

Tribo de Manassés.

A Tribo de Manassés מְנַשֶּׁה (alfabeto hebraico מְנַשֶּׁה, hebraico: Mənašše, de נשני naššānî - feito para esquecer) foi uma das Tribos de Israel; juntamente com a Tribo de Efraim, Manassés formou também a Casa de José. No seu apogeu, seu território se espalhava ao longo do rio Jordão, formando duas metades, uma em cada lado do rio.
A metade ocidental da tribo ocupou as terras imediatamente a norte de Efraim, no centro-oeste de Canaã, entre o rio Jordão e a costa do Mar Mediterrâneo, fazendo limite ao norte com a Tribo de Issacar, a noroeste com o Monte Carmelo; a metade oriental da tribo constituía a parte mais ao norte da tribo, a leste do rio Jordão, ocupando as terras ao norte da Tribo de Gade, estendendo-se desde Maanaim ao sul até o Monte Hermon, ao norte, e incluindo todo o do planalto de Basã. Esses territórios eram abundantes em água, uma preciosidade em Canaã, e por isso, constituía uma das mais valiosas partes do país; apesar disso, a posição geográfica de Manassés impossibilitava-a de defender duas importantes passagens nas montanhas - Esdraelon, localizada a oeste do rio Jordão e Hauran, a leste.

Efraim

Segundo a Bíblia, Efraim foi o segundo filho de José, nascido no Egito (Gn 41. 52). Quando foi levado à presença do patriarca Jacó com Manassés, Jacó pôs a sua mão direita sobre ele. Quis José mudar as posições dos seus dois filhos, mas Jacó recusou (Gn 48.8 a 20).

Fonte de Estudo: Wikipedia.

Ricardo Fabris (I.C.P.B.B)

2 comentários:

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