28 de nov. de 2008

As 12 Tribos de Israel (Tribo de Issacar)

Issacar.

Issachar/Yissachar em hebreu: יִשָּׂשׁכָר "(Recompensa”) De acordo com o Livro de Gênesis, um filho de Jacó e Lea (o quinto filho de Lea, e o nono filho de Jacó), e o fundador da Tribo Israelita de Issacar; O texto do Torah dá duas etimologias diferentes para o nome de Issacar que atribuem a fontes diferentes - um para o Yahwist e o outro ao Elohist; o primeiro ser que deriva de sakar de ish, que significa acordo, ou contrato, em referência para o acordo de Lea para coabitar com Jacó pelo preço de algumas mandágoras; o segundo ser que deriva de sakar de yesh, enquanto significando há uma recompensa, em referência para a opinião de Lea quanto ao nascimento de Issacar, era uma recompensa divina por emprestar a sua criada Zilpa a Jacó. A explicação anterior para ser o mais provável nome para uma tribo, entretanto há uma terceira etimologia - que deriva de ish Sokar, enquanto significando o homem de Sokar, em referência para a tribo originalmente Sokar adorador.

A Tribo de Issacar

Censo

Na época da migração para o Egito, enquanto José ainda estava regendo o Egito, são relacionados quatro filhos de Issacar; estes filhos fundaram as quatro principais famílias da tribo (Gn 46:13; Nm 26:23-25; 1 Cr 7:1). o número de homens de guerra, quando o censo foi levantado no Sinai, era de 54.400, e pela ordem era a quinto tribo (Nm 1:28-29); no segundo censo o número tinha aumentado para 64.300 o que a colocou em terceiro (Nm 26:25). No tempo de Davi foram contados 87.000 (1 Cr 7:5).

Posição.

Issacar estava no lado oriental do Tabernáculo, com os seus irmãos Judá e Zebulom (Nm 2:3-8)

Estandarte.

O lugar de Issacar no acampamento era com o estandarte da tribo de Judá (junto com Zebulom) os rabinos de . Os rabinos dizem que este estandarte era de 3 cores, sárdio, topázio e carbúnculo no qual foi inscrito os nomes das 3 tribos e traz a figura do filhote de um leão (Tg, pseudo. Jon. em Nm 2:3).

Viajando.

"Todos os que foram contados do exército de Judá (Issacar e Zebulom), cento e oitenta e seis mil e quatrocentos, segundo os seus esquadrões, estes marcharão primeiro." (Num 2:16).

Representantes.

Neste momento o capitão da tribo era Natanael o filho de Zuar (Nm 1:8). Ele teve como sucessor Jigeal o filho de José que foi como um dos espias (Nm 13:7)

Notas interessantes.

Apesar de sua reputação por buscar conforto, a tribo lutou corajosamente contra Sísera (Jz. 5:15). Moisés profetizou uma vida quieta e feliz para Issacar (Dt. 33:18). Paltiel (Nm 34:26), o juiz Tola (Jz. 10:1), Rei Baasa (I Rs 15:27), e Onri (1 Cr. 27:18) eram todos desta tribo. Conforme Jacó abençoou, a tribo de Issacar mostrou uma perspicácia incomum em situações políticas. A tribo trocou a submissão a Saul por Davi (1 Cr 12:32). embora a tribo era integrante do Reino Do norte, seus integrantes participaram da Páscoa celebrada por Ezequias em Judá (2 Cr. 30:18).

A Divisão de Terra.

O território dividido a esta tribo foi conforntado ao norte por Zebulom e Naftali, no sul e ao ocidente por Manassés, e no leste pelo Rio Jordão (Js 19:17-23). A maioria do Vale fértil de Jezreel, ou Esdraelom, estava dentro do território de Issacar. Suas planícies férteis, planas eram bem apropriado para a criação de gado.

Símbolo da tribo de Issacar



Fonte de Estudo: Wikipedia

Ricardo Fabris.

27 de nov. de 2008

As 12 Tribos de Israel (Tribo de Zebulom)

Zebulom.

Zebulom (também Zabulom, hebraico: זְבֻלוּן ou זְבוּלֻן ou זְבוּלוּן , hebraico: Zəḇūlūn, Zəvulun "dádiva") foi um dos doze filhos de Jacó, (o sexto de sua mulher Lea) e o fundador da Tribo de Zebulom. (Gênesis 46:14, Números 26:26).

Nome e origem

O significado do nome Zebulom é incerto. Parecer ser um jogo com "זֵ֣בֶד zḗḇeḏ" nas palavras de Lia no Gênesis 30:20, "'Deus me concedeu (זְבָדַ֨נִי zəḇāḏáni) excelente dote (זֵ֣בֶד zḗḇeḏ); desta vez permanecerá comigo meu marido (יִזְבְּלֵ֣נִי yizbəlḗni), porque lhe dei seis filhos;' e lhe chamou Zebulom".
O nome aparece na forma זְבֻלוּן dezoito vezes, זְבוּלֻן vinte e seis vezes e זְבוּלוּן uma vez. (Septuaginta) Na literatura pós bíblica o nome aparece como Zabulom (Josephus, Antiquities II.7.4) e Zaboules. (Vulgata) Zabulom, a leitura do Novo Testamento, é aquela da Septuaginta, originada da forma grega Ζαβουλών.
Nada é conhecido, em particular, a respeito de Zebulom, exceto que Serede, Elom e Jaleel foram seus filhos e chefes de três famílias tribais (Gênesis 46:14).


História da tribo

A Tribo de Zebulom desempenhou um importante papel na história antiga de Israel. No censo das tribos no Deserto do Sinai durante o segundo ano do Êxodo, a tribo de Zebulom contava com 57.400 homens capazes de pegar em armas (Números 1:31). Este exército, sob o comando de Eliabe, filho de Helom, acamparam com os de Judá e de Issacar a leste do Tabernáculo e com eles formaram a linha de frente da marcha (Números 2:3-9). Dentre os espiões enviados por Moisés para avistarem a terra de Canaã, Gadiel, filho de Sodi representou Zebulom (Números 13:10).
Em Shittim, nas terras dos moabitas, depois que 24.000 homens foram mortos por seus crimes, um segundo censo foi realizado; Zabulom contava com 60.500 homens prontos para a luta (Números 26:27). Elizafã, filho de Parna foi escolhido para representar Zebulom na divisão da Terra Prometida (Números 34:25).
A tribo parece ter conquistado facilmente a sua porção. Durante o governo de Josué ela não recebe nenhuma menção especial. Enquanto que no governo dos juízes, as suas façanhas foram dígnas de nota. No Cântico de Débora, a tribo foi especialmente citada como tendo "oferecido suas vidas para morrer na região de Merom", (Juízes 5:18); e louvados porque de "Zebulom vieram os comandantes do exército para a luta" (Juízes 5:14).
Na campanha de Baraque contra Sísera, o comandante das forças de Jabim, Rei de Canaã, participam também os filhos de Zebulom (Juízes 4:10). Eles são convocados por Gideão e se juntam no combate aos midianitas (Juízes 6:35); e deu a Israel Elom, que a julgou por dez anos (Juízes 12:11). Dentre aqueles que seguiram David até Hebrom para fazê-lo rei, estavam 50.000 homens de Zebulom providos com todas as armas de guerra com ânimo resoluto (I Crônicas 12:33), que trouxeram com eles, como sinal de sua fidelidade, grande quantidade de provisões de carnes e bebidas para comemorarem a ascensão de seu novo governante (I Crônicas 12:41). Quando Ezequias fez a reparação pelas abominações de seu pai Acaz, ele convidou toda Israel para celebrarem o Pessach na casa do Senhor. Porém, os emissários receberam risos e zombarias por onde passaram; alguns de Zebulom se humilharam e foram a Jerusalém, destruíram os ídolos, e celebraram a festa dos pães ázimos (II Crônicas 30:10-23).


As divisões da terra

Nas divisões da terra de Israel entre as sete tribos, a de Zabulom foi a terceira a receber sua parte. O território da tribo começava em Saride (Josué 19:10), que supostamente deva ter sido Tel Shadud,[1] cerca de cinco milhas a sudoeste de Nazaré. As fronteiras de Zabulom não podem ser atualmente estabelecidas. Dos dezenove nomes próprios que constam do Livro de Josué, apenas Belém (Beit lahm, sete milhas a noroeste de Nazaré) pode ser identificado com precisão. O historiador Josephus atribui a Zebulom a terra próxima ao Monte Carmelo e o mar Mediterrâneo, até o Lago de Genesaré.[2] A noroeste está a Tribo de Aser, a sudeste a Tribo de Issacar. Incluindo parte do Vale de Jezreel.
A referência em Deuteronômio 33.19, "chuparão a abundância dos mares e os tesouros escondidos da areia" tem sido interpretada no sentido de entregar-se mais tarde a respectiva tribo ao comércio, à pesca e à fundição de metais e do vidro. O rio Belo, cuja areia se adaptava à fabricação do vidro, corre no território de Zebulom. As "saídas", a que se refere o vers. 18 do cap. 33 do Deuteronômio, são as da planície do Aca; e o monte a que se refere o vers. 19 é a eminência sagrada do Tabor, que Zebulom havia de repartir com Issacar. O "caminho do mar" (Is 9.1), a grande estrada de Damasco ao Mediterrâneo, atravessava uma boa parte do território de Zebulom e devia ter o seu povo em comunicação com os negociantes da Síria, Fenícia e Egito.
Dentro do território de Zebulom, Cristo foi educado, e fez e disse muito do que é narrado nos Evangelhos, especialmente sinópticos, a cerca de Seu ministério na Galiléia.


Símbolo da Tribo de Zebulom

Fonte de Estudo: Wikipedia

Ricardo Fabris.

24 de nov. de 2008

As 12 Tribos de Israel. (Tribo de Judá)

Judá.

Filho de Jacó.

A história do homem chamado Judá, filho de Jacó, restringe-se ao relato bíblico e às fontes tradicionais do judaísmo. Era o quarto filho de Jacó e de Léa, e a raíz
hebráica de seu nome, Yah hu Dah, é uma expressão de agradecimento a Deus. Judá teve participação na trama que visava o desaparecimento de seu meio-irmão mais novo José.
Mais tarde, Judá e seus irmãos foram ao Egito pedir alimento durante um período de 7 anos de escassez. Seu irmão, Simeão, foi mantido cativo pelo admnistrador daquele país (secretamente, o próprio José), e os demais irmãos se viram obrigados a levar em sua presença seu irmão mais moço, Benjamin. Após estes eventos, os 12 irmãos reuniram-se em paz novamente, e juntamente com seu pai Jacó, tomaram residência na margem leste do delta do Rio Nilo.
Antes de morrer, Jacó abençoou cada um de seus filhos. Acerca de Judá, Jacó lhe prometeu que seus irmãos lhe prestariam homenagem, e que o cetro não se arredaria de sua mão, e o legislador não se apartaria de seus pés, predizendo assim o destino da descendência de Judá sobre todo Israel.
O primeiro livro de Crônicas relata que Judá casou-se com Suá, e teve 3 filhos: Er, Onã e Selá, dos quais Er e Onã vieram a falecer. Mais tarde, Judá teve mais dois filhos com sua nora Tamar: Perez e Zerá. É dito que, a partir destes descendentes, formou-se a tribo de Judá.
Importante ressaltar que o termo judeu origina-se da tribo de Judá, sendo a única tribo de Israel que foi preservada da descaracterização depois da invasão dos assírios. Enquanto as demais tribos foram forçadamente miscigenadas com os povos pagãos, os descendentes de Judá, preservaram suas tradições durante o exílio babilônico. Assim, pode-se dizer que nem todos os israelitas primitivos poderiam ser considerados judeus no sentido étnico.

Tribo de Judá.

Segundo teólogos e alguns historiadores, por volta do século XV a.C. ocorreu o Êxodo dos hebreus do Egipto para a terra de Canaã. A narração do livro do Êxodo descreve esta época, e posiciona a tribo de Judá como a mais numerosa de todas as tribos de Israel (desconsiderando-se a tribo de José, tradicionalmente dividida entre as meia-tribos de Efraim e Manassés).

Em Números 1:24-25 contam-se 74600 integrantes desta tribo, refletindo a sua importância no contexto da congregação israelita no seu princípio. Entretanto, este número pode ter sido mascarado pelo fato do relato bíblico acerca do Êxodo ter sido compilado muito tempo depois, talvez já no período final dos Juízes ou na monarquia unificada, quando Judá já era uma entidade de certa forma destacada do restante das tribos de Israel. De toda forma, apesar da discussão sobre se todas as tribos emigraram do Egito ou se eram populações autóctones da Palestina que, em dado momento, invadiram e povoaram a Palestina, é opinião da maioria que Judá, juntamente com Levi, Efraim, Manassés, Benjamim e Simeão, teriam sido as tribos que vieram do Egito.

A conquista de Canaã foi, aparentemente, constituída de invasões independentes de cada uma das tribos a territórios pré-estabelecidos. A Judá coube uma região ao sul, entre o deserto de Negueve e o Sefelá, o maior dos territórios partilhados. Cidades importantes, como Belém, Hebrom, Arade, Bete-Semes, Laquis e Berseba foram incluídas nos seus domínios. A tribo de Simeão, inicialmente posicionada ao sul de Judá, pode ter sido eventualmente absorvida por esta, visto que sua localização (e sua própria identidade) se torna gradativamente mais incerta ao longo do Velho Testamento, mas há hipóteses de que Simeão tenha sido também absorvida por povos vizinhos, especialmente Moabe.

A partir do livro de Rute, os cronistas bíblicos procuram traçar uma genealogia baseada na cidade de Belém, desde Judá até o rei Davi, fazendo com que as palavras de Jacó sobre Judá se tornassem concretas, e sua dinastia se afirmasse como aquela designada por Deus para governar Israel. Profetas posteriores, especialmente durante a primeira diáspora, prediziam que um rei da linhagem de Davi viria para salvar Judá das mãos de seus inimigos. Mais tarde, no Novo Testamento, os cronistas empenham-se em atribuir a Jesus descendência direta da Casa de Davi, mais uma vez corroborando com a bênção de Jacó, uma vez que Jesus, para toda a cristandade, é rei sobre todos os homens.

No entanto, politicamente, Israel já não se identificava com as demais tribos no período relatado nos livros de Samuel. O profeta Samuel, por volta de 1050 a.C., teria ungido Saul, da tribo de Benjamim, como rei de todo Israel. Surpreendentemente, a soberania de Saul se afirmou em todas as tribos de maneira geral, e ele pôde assim empreender guerras contra os Filisteus a oeste. Mas logo alguns eventos associados ao pecado e à ira de Deus fizeram com que Saul perdesse gradativamente o controle sobre esta guerra, e Davi, de Judá, ungido também por Samuel, tomou o poder.

A separação de Judá e Israel ocorre na própria coroação de David, em Hebrom, como rei de Judá, enquanto Isbosete, filho de Saul, era aclamado rei do restante de Israel. Após um período de guerra civil, Davi venceu os partidários da Casa de Saul e foi aclamado como rei por todas as tribos.

O reinado de Judá sobre as outras tribos durou até o final do reinado de Salomão, filho de Davi, em 931 a.C. Neste período, as diferenças políticas entre Judá e Israel acentuaram-se graças às diferenças no montante de tributos destinados a Judá e Israel. Em um período de grandes obras, como as guerras expansionistas de Davi e a construção do Templo de Jerusalém, a carga de impostos deve ter provocado um profundo descontentamento em Israel. A morte de Salomão significou uma oportunidade para uma revolta contra o governo de Jerusalém, liderada por Jeroboão, que proclamou a independência das 10 tribos do norte (Judá e Benjamim permaneceram unidas. Simeão não era mais particularmente mencionada como uma região geográfica, e é possível que fizesse parte das 10 tribos apenas como membros desta tribo dispersos pelas terras do norte). O território correspondente a Judá e Benjamim, ao sul, permaneceu como um reino à parte, liderado por Roboão, filho de Salomão e seus descendentes. Nascia o Reino de Judá.

Simbolo da Tribo de Judá.


Fonte de Estudo: Wikipédia.

Ricardo Fabris.

As 12 Tribos de Israel. (Tribo de Levi)

Levi.

Nome Levi.

Levi (hebreu: לֵוִי "devoto, unido"), de acordo com a Bíblia, é o nome de um dos 12 filhos de Jacó e uma das 12 Tribos de Israel. Levi também é o nome pelo qual o Apóstolo Mateus era conhecido antes de seu encontro com Jesus, assim como o nome de um dos ancestrais da linhagem de Jesus e outros personagens menores listados em diversas linhagens.

Levi Filho de Jacó.

Levi era o terceiro filho da união de Jacó e Lia, irmão de Rúben, Simeão e Judá. Quanto à sua vida, sabe-se apenas que nasceu na mesopotâmia e que participou da conspiração de seus irmãos contra José, esteve presente em sua reconciliação. Levi veio a viver junto com seus irmãos na margem leste do delta do Rio Nilo. Seu pai, antes de morrer, abençoou Levi juntamente com Simeão, prometendo que sua casa seria espalhada pela Terra Prometida, condenando seu furor e sua ira.
Levi teve 3 filhos, dos quais nasceram as famílias da tribo de Levi: Gérson, Coate e Merari. Da linhagem de Coate nasceram Moisés e Arão.
Os descendentes de Levi formam a Tribo de Levi.

Tribo de Levi

Teorias acerca da tribo.

Aos que crêem nas Escrituras, é inegável que Levi tenha sido uma tribo como as outras, separada porém por Deus para exercer o sacerdócio. Entretanto, a situação da tribo no momento em que o Pentateuco teria sido escrito, bem como sua posição na sociedade judaica após o exílio na Babilônia geram discussão entre estudiosos.
Alguns acreditam que Levi tenha sido uma das tribos que teria fugido do Egito, e ao chegar a Canaã teriam se aliado a outras tribos hebraicas autóctones, e, após a organização destas tribos e sua fusão em uma só nação, os levitas teriam sido designados ao sacerdócio.
Outra corrente acredita que os levitas teriam sido uma casta à parte do sistema tribal existente, uma elite com poderes políticos originados de sua relação de exclusividade com Deus. Essa não era uma postura incomum no Oriente Médio antigo ou em outras regiões, e observava-se a existência de classes sacerdotais rígidas na Mesopotâmia e na Índia fundamentadas no direito exclusivo destas classes em interferir junto a Deus pela ordem de suas sociedades.

Levi na era pré-monárquica

A tribo de Levi assume grande importância na história de Israel desde seu princípio. Em Êxodo, os personagens de Moisés e Arão são membros desta tribo, e lideram todo o povo de Israel mantido em regime de servidão no Egito, rumo à terra de Canaã. Moisés se tornou líder espiritual e legislador de toda a nação durante sua peregrinação no deserto, e teria recebido de Deus as tábuas com os Dez Mandamentos, além de instruções acerca das leis e das normas de conduta que norteariam a nação israelita pelos séculos seguintes.
Moisés também nomeou seu irmão Arão como sumo-sacerdote, e designou seus descendentes, e apenas seus descendentes, como aqueles que teriam a permissão de realizar sacrifícios e adentrar o tabernáculo, e entrar em presença à Arca da Aliança. Suas funções sacerdotais eram intransferíveis, e, segundo consta, outros que tentaram exercer as funções dos levitas foram punidos por Deus.
Quando da conquista de Canaã, a tribo de Levi foi a única a não receber parte da terra, um território específico e delimitado. Ao contrário, os levitas receberam cidades isoladas, situadas nas regiões de todas as outras tribos.
A Arca da Aliança esteve sob os cuidados dos levitas até que um ataque filisteu resultou em sua captura. Os filisteus, entretanto, permitiram que israelitas a levassem de volta, e ficou sob os cuidados dos levitas no tabernáculo da cidade de Siló até que Davi ordenou que a trouxessem para Jerusalém.
O livro de Juízes conta como a esposa de um levita fora violentada por homens da tribo de Benjamim. Em face da complacência dos benjamitas, as outras tribos se revoltaram e, após uma guerra civil, quase dizimaram a tribo de Benjamim.

Período monárquico, intervenção de Davi

Pouco depois, apoiado pelo sacerdote levita e profeta Samuel, Saul ascendeu ao poder como primeiro rei de Israel. Guerras contínuas e derrotas enfraqueceram Saul, e após sua morte, Davi, também com o apoio de Samuel, foi coroado em seu lugar.
Davi era da tribo de Judá, e como tal, era proibido de exercer qualquer atividade sacerdotal. Entretanto, Davi aparentemente possuía habilidades proféticas, e Deus lhe teria assegurado o direito de ser rei e sacerdote de seu povo. Seu posto foi confirmado após realizar, com sucesso, um sacrifício a Deus sem a punição esperada pelos levitas. Os judeus, posteriormente, usariam este evento como justificativa para ordenar sacerdotes em meio ao seu próprio povo.
A ascensão de Davi abalou a estrutura existente, e a partir deste evento, não era mais vedado à tribo de Levi os cuidados com sacrifícios, embora tivessem mantido exclusividade nos cuidados com o Tabernáculo e com o Grande Templo.

Levi e a divisão do reino

Quando Israel tornou-se independente de Judá, dizia-se que o novo reino era representado pelas "10 tribos do norte". As 2 tribos do sul eram Judá e Benjamim (onde ficava Jerusalém), portanto Levi deve ter sido contado como uma das 10 restantes. Entretanto, os levitas continuaram a exercer suas funções junto ao Templo, no reino de Judá. Talvez os levitas não ordenados como sacerdotes tenham se unido às demais tribos na revolta contra Jerusalém.

O declínio dos levitas

De qualquer forma, é nítido deste ponto em diante no relato bíblico a infreqüência de menções aos levitas fora do contexto do Templo, o que pode significar que sua influência tenha sido reduzida através da concentração de poder nas mãos dos reis de Judá. Entretanto, os levitas mantiveram importância junto ao povo, e especializaram-se, criando diversas classes internas derivadas de suas funções no Templo.
Em relação a Israel, visto como são citados constantemente atos religiosos não relacionados ao culto a Yahueh (em vez disso, cultos semelhantes aos dos povos fenícios, arameus e assírios circundantes de Israel), é possível que os levitas e seus sacerdotes, assim como as leis mosaicas que defendiam, tivessem perdido muito de sua influência sobre o povo e a nobreza.
Quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, conquistou Judá, os levitas praticamente desaparecem do relato bíblico, vindo a ser mencionados apenas quando o Templo foi reconstruído, sob o comando de Neemias. Desde o período de exílio, todos os membros da nação escolhida por Deus passaram a ser chamados judeus, devido a serem, nominalmente, membros da tribo de Judá, inclusive qualquer levita que tenha sobrevivido à invasão babilônica. É portanto incerto se os levitas citados no período do Segundo Templo tivessem sido descendentes de Arão, como seria de se supor, e talvez tenham sido judeus nomeados entre o povo para exercerem funções sacerdotais.
A queda dos levitas como classe sacerdotal tornou-se evidente com o surgimento de sinagogas, onde as leis e os costumes, bem como as normas de conduta de um sacerdote, eram ensinados a todos nas comunidades judaicas, e não mais exclusivas àqueles designados para tal pela Lei de Moisés. Jesus Cristo reivindica para si autoridade sacerdotal baseado nos atos de Davi, de quem teria sido descendente. Hoje, qualquer judeu pode ser ordenado rabino após um período de estudos da lei judaica.

Símbolo da Tribo de Levi


Fonte de Estudo: Wikipédia

Ricardo Fabris.

As 12 Tribos de Israel. (Tribo de Simeão)

Simeão.

Simeon (em Hebraico שִׁמְעוֹן Shim'on), era o segundo filho de Jacó e Léia (Gen.29;33), sua significação e citada em (Gen.29;33 - E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: “Porquanto o SENHOR ouviu que eu era desprezada, e deu-me também este”. E chamou-o Simeão. ). Simeão tomou parte, juntamente com Levi, do massacre dos homens de Síquem, depois da desonra sofrida por sua irmã, Diná (Gen.34)

"Esta é uma das tribos que não conseguimos dentro da palavra de Deus muitas informações, mas somente para lembrarmos dela e aprendermos que foi o seu líder, ou seja, Simeão."

Fonte de Estudo: Wikipédia

Pregador Ricardo Fabris - Ministério Seja Mais Que Vencedor

As 12 Tribos de Israel. (Tribo de Rúben)

Rúben.

Rúben era o primogênito dos 12 filhos de Jacó, neto de Isaac. Sua mãe era a esposa menos favorecida de Jacó, Léia, que chamou o menino de Rubem porque, segundo ela mesma disse, “Jeová tem olhado para a minha miséria, sendo que agora meu esposo começará a amar-me”. (Gên 29:30-32[1]; 35:23; 46:8; Êx 1:1, 2; 1Cr 2:1).

Em resultado do contínuo favor que Jeová mostrou a sua mãe, Rubem e seus cinco irmãos germanos (Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulão) constituíram metade dos cabeças tribais originais de Israel; os outros seis (José, Benjamim, Dã, Naftali, Gade e Aser) eram meios-irmãos de Rubem. — Gên 35:23-26.

Algumas das boas qualidades de Rubem revelaram-se quando persuadiu seus nove irmãos a lançar José num poço seco, em vez de matá-lo, sendo o objetivo de Rubem retornar em secreto e tirá-lo do poço. (Gên 37:18-30) Mais de 20 anos depois, quando estes mesmos irmãos arrazoaram que as acusações de espionagem levantadas contra eles, no Egito, se deviam a terem maltratado José, Rubem lembrou aos demais que ele não tinha participado no complô contra a vida de José. (Gên 42:9-14, 21, 22) Também, quando Jacó se recusou a permitir que Benjamim acompanhasse seus irmãos na segunda viagem ao Egito, foi Rubem quem ofereceu os seus próprios dois filhos como garantia, dizendo: “Podem ser mortos por ti se [eu] não to trouxer [isto é, Benjamim] de volta.” — Gên 42:37.

Como primogênito de Jacó, Rubem gozava naturalmente dos direitos do filho primogênito da família. Como tal, tinha direito de receber duas parcelas dos bens deixados por Jacó, seu pai. A questão, pouco antes da morte de Jacó, quando ele abençoou seus filhos, era: entraria Rubem no gozo desses direitos de primogênito?

Também, o patriarca Jacó, como cabeça da família, havia atuado como sacerdote de Jeová para toda a família e oferecido sacrifícios no altar familiar, bem como tinha liderado em orar e dar instrução religiosa. Como pai, agira também como o governador de toda a família e de todos os seus servos, gado e propriedades. Seriam essas responsabilidades repassadas a Rubem? As respostas encontramos em Gên 49:3-4 “Rubem, tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder.Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama.”

Rubem deveria ter recebido a bênção mais importante porque ele era o primogênito. Porém ele contaminou o leito de seu pai quando ele “dormiu com Bila, amante de seu pai” (Gên 35:22). Por isso, ele perdeu os direitos de primogênito e sua descendência tornou-se um povo pastor de ovelhas, habitando a leste do Rio Jordão (Nm 32:1-33).

Símbolo da Tribo de Rúben.


Fonte de Estudo: Wikipédia

Ricardo Fabris .

As 12 Tribos de Israel.

Em Gênesis 46:8-27 nós lemos sobre as 12 tribos de Israel.
Por esse motivo é que vamos começar a estudar sobre cada tribo para que possamos crescer na Sabedoria e no Conhecimento.

Vamos Começar!!!

O livro de Gênesis conta da descendência do patriarca Jacó, mais tarde batizado por Deus como Israel, e de suas duas mulheres e duas concubinas. Jacó teve ao todo 12 filhos, cujos nomes estão acima citados. Neste momento da narrativa, o cronista bíblico concentra-se no relato da história de José, de como ele foi separado de seus irmãos, como obteve importância política no Egito, e de como voltou a reunir sua família. A narração conta também que os 12 filhos de Jacó e suas famílias e criados obtiveram permissão para habitar a fértil região oriental do Delta do Nilo, onde teriam se multiplicado grandemente. Cada uma das 12 famílias teria mantido uma individualidade cultural, de forma que se identificassem entre si como tribos separadas. A narrativa ainda destaca que José teve 2 filhos, Manassés e Efraim, e seus descendentes seriam elevados ao status de tribos independentes, embora fossem sempre referidos como meio-tribos (encerrando um número fixo de 12 tribos). Ao final de Gênesis, Jacó, em sua velhice, abençoa a cada um de seus filhos, prenunciando o destino que aguardavam os seus descendentes no futuro.
Em Êxodo, a Bíblia conta como Moisés, membro da tribo de Levi, e seu irmão Arão, lideraram os hebreus das 12 tribos em sua fuga do Egito. Durante a narrativa, as tribos são contadas, e seus líderes e representantes são nomeados, demonstrando um forte senso de individualidade entre as tribos e as meio-tribos de José. À tribo de Levi são designadas as tarefas sacerdotais e os direitos e deveres diferenciados que estas tarefas implicavam. As demais mantiveram-se com os mesmos direitos e obrigações, embora, através do número de membros, algumas tribos já pudessem gozar de alguma superioridade política.

Hipóteses Históricas.

Para judeus e cristãos, não há dúvidas da veracidade do relato bíblico, e há pouco o que se discutir sobre a origem das Tribos de Israel fora do contexto bíblico.
No entanto, arqueólogos, historiadores e estudiosos da Bíblia argumentam sobre a origem das tribos.
Há teorias que sugerem que apenas algumas das tribos teriam realmente saído do Egito, e se fixado por alguns anos no entorno de Canaã, onde teriam encontrado outras tribos de origem hebraica autóctones da região. Sua afinidade lingüística e racial, em contraste com as diferenças encontradas nos vizinhos cananeus teria encorajado as tribos a agirem em regime de coexistência, e em algumas vezes, de cooperação, o que teria favorecido a conquista de Canaã (uma miríade de cidades-estado e pequenos reinos independentes) pelos hebreus. Neste caso, as tribos do Êxodo teriam sido aquelas de maior destaque na narrativa bíblica, ou seja, Judá, Levi, Simeão, Benjamim, e as meio-tribos de Efraim e Manassés, o que enfraqueceria toda a base histórica da narrativa do Êxodo. Já os arqueólogos notam que não há vestígios concretos da passagem de um povo, estimado em mais de 600000 pessoas, por 40 anos pelo deserto entre o Egito e a Palestina. Assim, a narrativa de Gênesis e Êxodo não tem uma base histórica, embora alguns pontos pudessem ter sido moldados para justificar com raízes familiares a união das 12 tribos.

As Tribos Como Unidades Geográficas.

Moisés liderou as 12 tribos pelo deserto da Península do Sinai, e seu sucessor Josué tomou para si a tarefa de coordenar a tomada de Canaã. Para que ocorresse de forma ordenada, a terra de Canaã foi dividida entre cada uma das tribos e meias-tribos, que se encarregaram de conquistá-las, na maior parte dos casos sem o auxílio das demais. Uma das tribos, a de Levi, não recebeu uma porção territorial fixa, mas sim algumas cidades distribuídas por toda a Palestina.
O território de algumas das tribos, como Simeão e Aser, correspondiam a áreas mais tarde dominadas por filisteus e fenícios, respectivamente. Após a narrativa da conquista de Canaã, os relatos acerca destas tribos se tornam confusos, e as suas referências geográficas são praticamente inexistentes, ou inconsistentes, dando a entender que essas tribos deixaram de existir geograficamente, e seu povo foi absorvido ou por povos estrangeiros, ou por outras tribos israelitas, ou por ambos, embora ainda fossem contados como parte das 12 tribos.
A tribo de Dã é outro exemplo de mudança ao longo da Bíblia. Inicialmente, Dã é posicionada na metade sul da Palestina, em um pequeno território posteriormente conquistado pelos filisteus. Mas ao contrário de Simeão e Aser, o território de Dã continuou existindo, mas muito mais ao norte, ao redor da cidade de mesmo nome. Algumas interpretações colocam que Dã havia sido alocada desde o princípio em dois territórios disjuntos.
A meia-tribo de Manassés ocupou um vasto território nos dois lados do Rio Jordão, do Mediterrâneo até a Síria, próximo a Damasco. Efraim foi posicionada na região central, incluindo as importantes cidades de Siló, Gilgal e Betel, cuja importância remete às histórias dos Patriarcas. Benjamim recebeu um territótio pequeno ao sul de Efraim, porém incluindo cidades importantes, como Gibeá, Jericó e Jerusalém. Judá posicionou-se num vasto território montanhoso e fértil ao sul, entre o Mar Morto e o Mediterrâneo, tendo Hebrom e Belém como cidades mais importantes. As demais tribos receberam territórios pequenos, ou com pequena importância na narrativa bíblica subseqüente.

Período Monárquico - União Política.

As tribos mantiveram certa estabilidade, independência e equilíbrio político durante o Período dos Juizes, visto que são relatados feitos notáveis de herdeiros da maior parte das tribos, sem particular destaque a nenhuma delas. Mas no final do século XI a.C., com o início do período monárquico e a coroação de Saul, as tribos se uniram pela primeira vez sob um único líder.
Entretanto, apesar da identidade racial, lingüística e religiosa, e das histórias que as uniam desde a sua criação, aparentemente havia uma certa cisão entre a tribo de Judá e as demais, visto que o profeta Samuel refere-se algumas vezes a Israel e Judá como entidades independentes unidas apenas por um contexto histórico. O rei Saul pertencia à tribo de Benjamim, e adiquiriu inicialmente a simpatia de todas as tribos, mas um movimento em Judá, liderado por Davi e apoiado pelos filisteus, terminou por vencer Saul. Davi foi coroado em Hebrom rei de Judá, enquanto o restante de Israel deveu lealdade ao filho de Saul, Isbosete. Houve uma guerra civil, com vitória de Davi. Ao poupar a Casa de Saul, Davi ganhou popularidade, e após vários feitos militares contra povos estrangeiros, viu as 12 tribos se unirem firmemente sob seu cetro. Seu filho, Salomão, manteve sua autoridade sobre toda a Palestina até sua morte.
Apesar desta união política, a própria narrativa deste período faz transparecer as profundas diferenças políticas e mesmo culturais entre Judá (e ao final do reinado de Salomão, também de Benjamim, já que os reis de Judá reinaram em Jerusalém, cidade benjaminita) e as demais tribos. Uma diferença marcante na carga de impostos aplicados a Judá e às outras tribos, favorecendo a primeira, principalmente numa época de constante expansão territorial e grandes obras, foi o estopim para a desunião que se seguiu.

Israel Dividida.

Com a morte de Salomão, uma facção liderada por Jeroboão viu nesta uma oportunidade para resgatar Israel do poderio de Judá. A aclamação de Jeroboão significou a divisão indissolúvel entre Judá (e Benjamim) e as demais 10 tribos, uma vez que o filho de Salomão, Roboão, foi confirmado rei em Jerusalém. Formou-se assim os reinos de Judá, ao sul, com sede em Jerusalém, e Israel, ao norte, com capital em Samaria.
Neste período, as tribos de Judá e Benjamim aparecem quase inteiramente fundidas entre si (ou seja, as referências a Benjamim desaparecem, embora seu território e suas cidades estivessem no coração do território de Judá), e o mesmo acontece com as outras 10 tribos do norte. Dentre as tribos do norte, ainda se observa traços de individualidade na meia-tribo de Manassés, mas de maneira geral não há mais distinção física ou cultural entre elas. A partir deste momento, as 12 Tribos de Israel passaram a ser uma alegoria, referindo-se ao seu estágio original de união em nome de Deus, representando o ideal do povo hebreu, especialmente no Novo Testamento, e não mais entidades políticas diversas.
De qualquer modo é possível que o sistema de tribos tenha permanecido, mesmo que apenas ao nível familiar devido à tradição de traçar genealogias, remetendo indivíduos aos filhos de Jacó. O reino teve início com Roboão, que era filho de Salomão e durou o periodo de 209 anos.Ele foi dividido por volta de 931 A.C e permaneceu assim ate o ano de 722 A.C. Neste reino dividido temos:o REINO NORTE também chamado de ISRAEL que foi formado pelas 10 tribos: Rúben, Issacar, Zebulom,Dã,nafitali, Gade, Aser, Efraim, Manasses, Simeão. Essas são as 10 tribos do reino Norte.

O Destino das Tribos de Israel.

Um dos elementos que mais intrigam os estudiosos é o destino das Tribos de Israel, sobretudo as 10 tribos do norte, cuja referência cessa completamente após as invasões da Assíria.

As tribos Perdidas.

As conquistas assírias no Século VIII a.C abriram caminho para a conquista do reino do norte de Israel. A queda de Samaria significou o fim do estado Israelita. Seu povo, ou aqueles que sobreviveram, foram deportados para a Assíria e redistribuídos por todo seu território. Neste momento, as 10 tribos do norte desapareceram por completo do relato bíblico. O mais provável é que qualquer traço de união tribal tenha desfalecido com a fragmentação das comunidades israelitas, e que os hebreus que sobreviveram ao processo tenham se unido a estrangeiros e abandonado suas tradições.

A tribo remanescente: Judá e os judeus.

Apesar da queda de Jerusalém, menos de 2 séculos depois, os descendentes de Judá, ao serem levados ao exílio no reino da Babilônia, mantiveram fortes laços culturais entre si. É possível que tivessem mantido esta união graças às profecias do profeta Jeremias, que previu que o exílio duraria 70 anos, e que o povo seria libertado e mandado de volta a Jerusalém ao final deste período; a fé conjunta na realização da profecia teria mantido a tradição da tribo de Judá intacta, se não fortalecida. É no período de exílio que surge pela primeira vez de maneira consistente o termo judeu, se referindo a todos os membros da tribo de Judá.
Passado o tempo previsto por Jeremias, Ciro, o Grande, conquistou a Babilônia, e enviou os judeus de volta à Palestina, designando para eles a província de Yehud, de maneira geral, o mesmo território do antigo reino de Judá. Os judeus ali habitaram até o século II da Era Cristã. Sua religião passou a se chamar "judaísmo", a prática religiosa de Judá (distinta havia muito das práticas religiosas mais populares no Reino de Israel).
Entre o fim do exílio babilônico e a diáspora, os judeus nutriram um forte senso de união e resistência a dominação estrangeira, tão forte que, mesmo após sua expulsão definitiva da Palestina pelos romanos, os judeus mantiveram laços entre as distantes comunidades formadas por toda Ásia, norte da África e Europa, verdadeiras redes através das quais sobreviveram suas tradições. Durante este período, o termo "judeu" significando um seguidor da religião judaica suplantou o significado tribal do termo, e muitos estrangeiros de origem não semítica se declaravam judeus. De toda forma, através dos judeus e do judaísmo, a tradição da tribo de Judá sobreviveu até os dias de hoje. verdade

Fonte de Estudo: Wikipedia.

Ricardo Fabris.

19 de nov. de 2008

A Importância de João 14:12.

“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”.

Vemos aqui neste versículo o quanto um verdadeiro líder, um verdadeiro pastor de ovelhas e um verdadeiro criador de discípulos, ensinava que o importante é que as pessoas que ele estava liderando e ensinando, crescessem e nem sequer se importava se fosse mais longe do que ele foi e sim que elas fossem sempre abençoadas em tudo o que fizesse.

Jesus disse nestas lindas palavras que não importa o quanto ele fez, mas o importante é o quanto você irá fazer estando ele junto ao Pai, e estando você debaixo da graça de Deus ele te dará o poder e a bênção para que faça as obras maiores que Ele fez.

Hoje em dia muitos “pastores”, “líderes de Jovens”, “líderes de grupos de louvor”, “líderes de bandas”, entre outros, se preocupam muito com a perca da sua fama, e ou com a perca do carisma que ele pensa que consegui, mas aquele que esta aprendendo com ele se vê na hora de estar galgando algo maior, pois como Jesus disse, ele começa a fazer. Só que esse que esta liderando não entende, pois ele quer estar no foco da situação e aquele que esta partindo para fazer obras maiores não se preocupa com o foco e sim em deixar aquele que prometeu as obras maiores em foco total e esse é Jesus Cristo de Nazaré.

Sabemos que Deus tem para cada pessoa um tipo de obra. Uns para pregar, outros para profetizar, outros para limpar a igreja, outros para pastorear uma igreja, outros para pregar a palavra para o mundo todo, etc. Portanto não percebemos que se as pessoas que estamos discipulando esta crescendo mais do que nós é porque esse foi o chamado que Deus teve para ele, ao invés de nos alegrarmos e continuarmos a orar por ele, pois se isso esta acontecendo também tem colaboração daquele que discipulou, mas na verdade fazem ao contrário e acabam ficando irados, porque ele queria estar nessa situação e não pode, pois o chamado dele é de discípular.

Portanto Jesus nos dá uma conclusão simples e objetiva para essa situação. Não queira atrapalhar as obras do seu próximo, mesmo que ele esteja fazendo mais do que você, pois Jesus mesmo não se preocupou com isso e muito pelo contrario Ele quer mais que isso aconteça, para que o nome d’Ele seja Glorificado e Exaltado cada vez mais, agora você faça a mesma coisa e ao invés de se irar, continue discipulando e orando mais para o seu discípulo, porque Jesus em momento algum deixou de abençoar os seus discípulos.

Obra escrita por Ricardo Fabris.

18 de nov. de 2008

Por que Mateus 28.19 é uma passagem bíblica tão importante para os evangélicos.

Discipulado e batismo na teologia da Trindade

Discipulado é o processo de dar contínua e sistemática ajuda ao novo convertido, capacitando-o a crescer em direção à maturidade e à frutificação

A frase grega Porenthentes oun mathetéusate panta ta ethne significa, literalmente, “Ide, portanto, fazei discípulos de todos os povos”. O texto, registrado em Mateus 28.19, é uma demonstração clara de que o discipulado não é uma opção para o cristão. O Senhor Jesus nos mandou fazer seguidores. Não obstante, as pesquisas têm indicado que a Igreja brasileira evangeliza pouco, e discipula menos ainda. Não seria essa uma das razões para a proliferação dos evangelhos estranhos mencionados aqui mesmo, na matéria de capa da edição 125 da revista ECLÉSIA?

Discipulado é o processo de dar contínua e sistemática ajuda ao novo convertido, capacitando-o a crescer em direção à maturidade e à frutificação. Vemos algumas ilustrações que nos ajudam a compreender a relevância desse trabalho em textos como Jó 39.12-15; Provérbios 12.27; e I Coríntios 3.6. Se nós nos preocuparmos apenas com a evangelização e não discipularmos, seremos como a avestruz, que se alegra ao botar os ovos, mas se esquece de que eles podem ser pisados e destruídos. Seremos, ainda, como o preguiçoso que não assa a sua caça. E, finalmente, como alguém que planta sementes e não cuida delas. A chave para o crescimento qualitativo e quantitativo da igreja brasileira é uma só: o discipulado.

Mas o texto que abre este artigo também indica onde a semeadura e o cultivo da semente devem ocorrer. Considerando que o termo ethne, derivado de ethnos – que significa “povo” ou “gente” –, o Senhor Jesus espera que façamos discípulos de todos os povos, isto é, de todos os grupos étnicos. A Grande Comissão, por conseguinte, é etnocêntrica, e a Igreja deve estar preparada para evangelizar e discipular cada povo. O que é um grupo étnico? É um ajuntamento significativamente grande de pessoas conscientes de partilharem um vínculo comum. Pensemos no continente africano, com as suas dezenas de fronteiras nacionais e milhares de divisões tribais, separadas umas das outras por culturas, línguas, classes, normas de conduta, sistemas de valores, costumes etc. Como a Igreja contemporânea conseguirá evangelizar e fazer discípulos de todos os milhares de povos do mundo? É preciso que haja conscientização dessa missão, preparo e, sobretudo, poder dinâmico do Espírito Santo, tão bem expresso em Atos 1.8.

O versículo do evangelho de Mateus também mostra que a Igreja do Senhor deve batizar as pessoas discipuladas, a fim de que sejam, verdadeiramente, discípulas. A despeito da urgência da evangelização, a Grande Comissão abarca evangelização, discipulado e batismo em águas, o qual deve ser ministrado em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Mas esse tripartido mandamento vem sendo negligenciado por muitas igrejas locais, que apenas evangelizam – e algumas, nem isso fazem. Outras oferecem um sucinto e insuficiente curso de discipulado. E há aquelas que, além de não fazerem discípulos de Cristo, não seguem à risca o mandamento acerca do batismo em águas. Certas igrejas, infelizmente, têm feito milhares de seguidores, mas não de Cristo!

Alegando rompimento com a religiosidade, esses grupos aboliram, por conta própria, o batismo em águas, o qual foi acolhido como uma ordenança pela Igreja primitiva. Outros movimentos batizam, mas ignoram a fórmula em nome da Trindade, sob a alegação de que Pai, Filho e Espírito Santo são a mesma pessoa, uma vez que a expressão “em nome” está no singular. Essa interpretação mostra-se falaciosa, haja vista não considerar que a construção frasal indica claramente que o termo “nome” tem função distributiva, denotando, na verdade, que o batismo em águas deve ser ministrado no nome do único Deus Todo-poderoso, subsistente em três distintas personalidades.

Além do mandamento de fazer discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, vemos, de modo implícito, em Mateus 28.19, que não devemos negligenciar a doutrina da Trindade. Pensar que ela pode ser negada sem maiores conseqüências é um grave erro. Quem rejeita a Trindade é contra a Bíblia; opõe-se ao próprio Senhor Jesus; nega a personalidade do Espírito Santo e opõe-se à teologia, rejeitando o plano da salvação – afinal, na obra salvífica, o Pai enviou o Filho, que consumou a obra recebida, e o Espírito Santo é quem convence o pecador dessa gloriosa salvação. Sejamos, pois, fiéis ao tríplice mandamento de evangelizar, fazer discípulos e batizá-los em nome da Trindade, a fim de que o Reino de Cristo verdadeiramente se estabeleça no Brasil e no mundo.

Pastor Ciro Sanches Zibordi
Escritor, membro da Casa de Letras Emilio Conde e pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Cordovil, no Rio

Matéria escrita na revista eclésia publicado na atual edição (128, de novembro/2008)

7 de nov. de 2008

Por que Romanos 9 não avaliza a predestinação incondicional (2)

Começarei esta análise de Romanos 9 pelo versículo 16, haja vista sugerir que não existe o livre-arbítrio: “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadesse”. E, para um bom calvinista, esse versículo é o suficiente para refutar a idéia da participação da livre-vontade humana no que tange à salvação.

Mas é preciso observar que o apóstolo Paulo não se refere ao meio pelo qual se recebe a salvação, e sim à fonte da salvação. A ênfase de que a salvação não depende do que quer, mas do compassivo Deus, não deve ser usada fora de contexto, com a finalidade de descartar a livre-vontade humana, necessária para o recebimento da salvação, segundo a Bíblia (Jo 1.12; 3.16; Rm 10.9,10; Ef 2.8-10).

Se tomarmos como base outros textos neotestamentários, veremos que, conquanto a graça de Deus seja a fonte da salvação, o ser humano pode rejeitar essa dádiva divina (2 Pe 3.9; At 7.51; Rm 9.22). Por outro lado, segundo os predestinalistas, os versículos 21 e 22 do capítulo em análise desferem um golpe mortal contra o livre-arbítrio: “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou os vasos da ira, preparados para perdição”.

OS VASOS DA IRA

Bem, quando a Palavra de Deus menciona a analogia dos vasos, a ênfase é para o fato de que, de acordo com a nossa resposta moral a Deus (cf. 2 Tm 2.20,21), o vaso poderá ser moldado ou desfeito nas mãos do Oleiro, como foi o caso de Israel (Os 8.8, ARC). Quem lê atentamente Jeremias 18 sabe que o Senhor não ignora o livre-arbítrio. Ele mesmo disse, depois de apresentar a Jeremias uma analogia sobre um vaso que se quebrou na mão do oleiro: “Se a tal nação, contra a qual falar, se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe” (v.8).

À luz do contexto geral da Bíblia, vasos da ira são os pecadores que recebem a ira de Deus após terem permanecido no pecado. Da mesma forma, os vasos de misericórdia são os pecadores que recebem a misericórdia de Deus (Rm 9.23), ao crerem no evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Os vasos da ira são objetos da ira divina porque se recusam a se arrepender. Daí o fato de Deus suportá-los com longanimidade (Rm 9.22), isto é, esperar pacientemente por seu arrependimento (2 Pe 3.9).

É claro que o argumento acima não convence uma mente predestinalista. Por quê? Porque, como está escrito em Romanos 9.22 que os tais vasos da ira foram preparados para a destruição (ou perdição), os calvinistas continuarão acreditando que a tal preparação para a perdição se deu antes da fundação do mundo. E, para advogar essa idéia, valem-se do próprio capítulo em apreço, pelo qual se afirma, segundo eles, que Jacó e Esaú já nasceram preparados para o que fariam no mundo. Será?

A ELEIÇÃO DE JACÓ E ESAÚ

Os versículos 11 a 13 de Romanos 9 parecem mesmo apoiar o fatalismo calvinista, pelo qual se propaga a eleição arbitrária de indivíduos para salvação e perdição, antes da fundação do mundo. Afinal, o texto diz que Deus amou Jacó e aborreceu (odiou, rejeitou) Esaú. Parece mesmo não haver dúvidas de que o Senhor somente ama os eleitos, além de odiar os não-eleitos. Mas, como eu já disse, não podemos desprezar o contexto imediato, tampouco a analogia geral da Bíblia.

Creio que alguns predestinalistas desdenharão deste artigo, dizendo: “Pobre arminiano” (leiam a primeira parte desta série). Mas não tenho dúvidas do quanto o texto em apreço tem sofrido na mão do calvinismo extremado. Primeiro, porque o apóstolo Paulo não está falando de indivíduos! Jacó (Israel) e Esaú (Edom) representam duas nações! Basta lermos com atenção Gênesis 25.23 para chegarmos a essa conclusão: “E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor”.

Não há, pois, apoio a uma eleição individual, e sim a uma eleição de povos e nações: Israel e Edom. O que houve antes de os gêmeos nascerem foi uma eleição corporativa, e não individual. A passagem em análise não diz que Deus odiou a pessoa de Esaú antes que ela tivesse nascido, nem que Ele amou a pessoa de Jacó antes de este ter vindo ao mundo! Prova disso é que o apóstolo Paulo não citou Gênesis 25.23, diretamente, e sim Malaquias 1.2,3, que alude aos povos israelita e edomita.

Segue-se que a frase “aborreci Esaú” não é uma menção à rejeição do homem Esaú, e sim à rejeição do povo edomita, em razão de seus terríveis pecados, como se lê em Números 20 e Obadias. Mas isso não significa que todos os edomitas estejam, de antemão, condenados em razão de pertecerem à nação de Edom (cf. Am 9.12). A Palavra de Deus afirma que os indivíduos de cada nação podem ser salvos (Ap 7.9). Não era Rute uma moabita, pertencente a um povo rejeitado por Deus?

É um erro, por conseguinte, acreditar que o texto de Romanos 9 alude à eleição de indivíduos. Paulo se refere à eleição do povo de Israel. E, por isso, no capítulo seguinte está escrito: “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para a sua salvação” (v.1). O que a Palavra de Deus ensina em Romanos (toda a epístola) é o que se vê em toda a Bíblia. Deus elegeu um povo como nação sacerdotal, Israel (Êx 19.5,6), mas cada indivíduo tem de aceitar a graça de Deus pela fé, a fim de que seja salvo (Rm 11.20). E isso também se aplica à Igreja, geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido (1 Pe 2.9,10).

Outrossim, o ódio de Deus a Esaú (Edom) precisa ser entendido de acordo com o sentido original da palavra usada para “odiei” (ou “rejeitei”). No hebraico, significa “amar menos” e é o mesmo termo aplicado ao sentimento de Jacó por Léia, inferior ao que nutria por Raquel. Ele amava muito esta e “desprezava” aquela (Gn 29.30,31). O sentimento de Jacó por Léia não era de ódio, como que querendo vê-la sofrer. Na verdade, ele até teve filhos com ela! Mas Raquel era a sua preferida.

No Novo Testamento o aludido hebraísmo também ocorre em Lucas 14.26, texto pelo qual aprendemos que, para seguirmos ao Senhor Jesus, amando-o acima de tudo, devemos amar menos (ou “aborrecer”) a nossa família (Mt 10.37).

O ENDURECIMENTO DE FARAÓ

Nos versículos 14 e 15 do capítulo em apreço está escrito: “Que diremos, pois? Que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma! Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”. A citação de Paulo refere-se ao endurecimento de Faraó (Êx 7.3,4). Mas é importante enfatizar que não foi Deus quem primeiro endureceu o coração de Faraó (Êx 7.13,14,22). Este se obstinou em seu coração (Êx 8.15), o qual permaneceu endurecido e obstinado, mesmo ante as pragas enviadas por Deus (Êx 8.19,32; 9.7,34,35).

Não foi o Senhor quem fez questão de endurecer Faraó, anulando-lhe a livre-vontade. Ele apenas confirmou o que o próprio Faraó desejava fazer (Êx 9.12; 10.1,20,27). Isso se conforma ao que está escrito em Romanos 1.21 acerca da depravação dos gentios: “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”. Mais adiante, em razão desse endurecimento, está escrito: “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames... E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm” (vv.26-28).

Voltando ao endurecimento do coração de Faraó, fica claro pelo estudo contextual das Escrituras que o tal endurecimento, em definitivo, se deu em razão de ele ter se firmado cada vez mais em seu pecado, a cada praga enviada ao Egito. É como está escrito em Provérbios 29.1: “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura”. Não foi, portanto, Deus quem endureceu Faraó, pois este escolheu agir assim, mesmo ante as repreensões do Senhor.

Ademais, o termo hebraico usado para “endurecer” denota “fortalecer”, isto é, Deus apenas “fortaleceu” o desejo que estava no coração de Faraó. Não foi Ele quem desejou que Faraó fosse obstinado, mas apenas o abandonou às suas paixões infames e o entregou a um sentimento perverso, que já havia em seu coração (Êx 8.15), posto que ele não se importou em ter conhecimento de Deus (Jo 12.37-50). No mesmo livro de Romanos (contexto imediato), o apóstolo Paulo faz menção a essa dureza de coração ocasionada pelo próprio pecador, e não por Deus: “... segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (2.5).

Portanto, o texto de Romanos 9 de maneira alguma avaliza a predestinação incondicional de certas pessoas ao Inferno eterno, à parte do próprio livre-arbítrio delas. E isso também não significa que a salvação seja mediante obras. É claro que o ser humano, por si mesmo, nada pode fazer para salvar-se. Mas é inegável o fato de o Senhor ter dotado o homem de intelecto, sentimento e vontade, a fim de que ele receba ou não, pelo livre-arbítrio, a salvação. Afinal, “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...?” (Hb 2.3).

(continua...)

Pastor Ciro Sanches Zibordi

Por que Romanos 9 não avaliza a predestinação incondicional (1)

Pretendo, por meio desta série, demonstrar que Romanos 9 não abona a predestinação incondicional. Mas, antes, responderei a algumas perguntas intrigantes que os calvinistas costumam me fazer.

A primeira pergunta é: “Pastor Ciro, o senhor é arminiano?” E a minha resposta negativa sempre gera outra indagação: “Então, por que se preocupa tanto em refutar o calvinismo?” E emendam um terceiro questionamento: “Se o senhor não é arminiano, por que se vale dos frágeis argumentos arminianos?”

Em primeiro lugar, sempre deixei claro que não me apego a rótulos, ainda que eu não tenha nada contra eles. Eu os valorizo, mas não os priorizo. Por exemplo, nunca escondi de ninguém que sou pentecostal e pastor assembleiano. No entanto, as minhas fontes de autoridade não são a tradição das Assembléias de Deus, a qual eu respeito, e muito, tampouco a minha experiência como pentecostal. A minha fonte primacial de autoridade é a Bíblia. E aqui está um grande problema, posto que calvinistas e arminianos dizem ter o abono das Escrituras para tudo o que afirmam!

A despeito de os ultra-calvinistas continuarem não acreditando em mim, reitero que não sou arminiano nem calvinista. Por quê? Porque não encontro apoio na Bíblia para nenhuma das duas correntes, principalmente para o calvinismo. É claro que o arminianismo — o extremado, é óbvio — supervaloriza a ação humana, em detrimento da graça de Deus. Mas, e o calvinismo? Quer dizer que as suas abordagens exageradas de algumas doutrinas da salvação, como a eleição, a predestinação, a segurança da salvação, etc., não depõem contra a Bíblia?

Por que não sou arminiano? Porque concordo que a salvação se dá exclusivamente pela graça salvadora, e não pelo esforço humano; se bem que isso deve ser entendido à luz das Escrituras, e não mediante teologias “enlatadas”. Não sou arminiano, ainda, porque creio na plena segurança da salvação, em Cristo. Eu disse: “em Cristo”, pois fora de Cristo não há segurança alguma!

Mas, qual é o problema do predestinalismo ou calvinismo extremado? É o determinismo, expresso pela máxima “Uma vez salvo, salvo para sempre”. Nenhum calvinista fanático aceita que o Senhor Jesus tenha morrido por toda a humanidade, tampouco admite que a aceitação da graça se dá mediante o livre-arbítrio. Para um predestinalista, somente os eleitos antes da fundação do mundo estão, por decreto, definitivamente salvos, haja o que houver. E eles pensam ter toda a Bíblia a seu favor. É como se Deus fosse calvinista!

Preocupo-me com o apego dos predestinalistas a passagens isoladas, as quais, fora do contexto, de fato sugerem que Deus tenha eleito uns para a perdição e outros para a salvação. Um desses textos é Romanos 9. Confesso que, se este capítulo pudesse ser extraído de seu contexto, ignorando-se todas as outras verdades das Escrituras, eu já teria me tornado um predestinalista, sem nenhuma dúvida. E poderia dizer como certos internautas: “Eu sou um assembleiano calvinista”...

O problema é que o texto de Romanos 9 — como outras passagens usadas em prol do predestinalismo — está inserido em um contexto imediato (a Epístola de Romanos) e em um contexto geral ou remoto (toda a Bíblia). E certos irmãos em Cristo, desconhecedores de algumas doutrinas da salvação, depois de convencidos de que o calvinismo é verdadeiro, passam a ver todos os outros textos bíblicos sob a ótica predestinalista, o que lhes impede de conhecer a pura verdade do evangelho acerca da salvação em Cristo Jesus. O meu objetivo, portanto, é mostrar que a Bíblia, e somente ela, tem as respostas quanto às doutrinas da salvação.

(continua...)

Pastor Ciro Sanches Zibordi

As vinte doutrinas da salvação

As (pelo menos) vinte doutrinas da salvação são as seguintes:

1) A doutrina do pecado (Rm 3.23; 5.12,20), pois o pecado é a causa da perdição da humanidade.

2) A doutrina da graça de Deus (Tt 2.11; 3.4), haja vista ser a graça a salvação quanto ao seu alcance.

3) A doutrina da expiação pelo sangue (Lv 17.11), uma vez que a expiação implica salvação quanto ao pecado.

4) A doutrina da redenção (Ef 1.7), que trata da salvação quanto ao pecador.

5) A doutrina da propiciação (Êx 32.30), que enfatiza a salvação como um ato benevolente de Deus.

6) A doutrina da fé salvífica (Ef 2.8), que trata do meio requerido por Deus para salvar o homem.

7) A doutrina do arrependimento (Mc 1.14,15), que está intimamente ligada à doutrina da fé salvífica.

8) A doutrina da confissão (Rm 10.9,10).

9) A doutrina do perdão dos pecados (Cl 3.13).

10) A doutrina da regeneração espiritual (1 Pe 1.3; Tt 3.5), que aborda o que ocorre dentro do pecador ao receber de Deus a salvação.

11) A doutrina da imputação da justiça de Deus (Gn 15.6; Rm 4.2-11; 5.13; 2 Co 5.19; Fm v.18; Tg 2.23).

12) A doutrina da adoção de filhos (Gl 4.5,6).

13) A doutrina da santificação do crente (1 Co 6.11; 2 Co 7.1), isto é, a santificação posicional, “em Cristo”, e também a progressiva, no tempo presente.

14) A doutrina da presciência de Deus (1 Pe 1.2).

15) A doutrina da eleição divina (1 Pe 1.2).

16) A doutrina da predestinação (Rm 8.29).

17) A doutrina da chamada para a salvação (Rm 8.30).

18) A doutrina da justificação pela fé (Rm 8.30), haja vista ser a justificação a nossa salvação vista na presença de Deus.

19) A doutrina do julgamento do crente (2 Co 5.10; Rm 14.10), também, e principalmente, relacionada com a Escatologia.

20) As doutrinas da glorificação dos salvos (Rm 8.30) e da salvação nas eras divinas futuras (Ef 2.7; 1 Tm 1.17; Jo 1.29).

Em Cristo,

Pastor Ciro Sanches Zibordi

6 de nov. de 2008

Sobre a vaidade da vida

Eclesiastes - 11 - 7 : 7

Etimologia

Em primeiro lugar vamos ver o que significa vaidade na nossa língua portuguesa: Vaidade, segundo o dicionário Aurélio, é a qualidade daquilo que é vão (fútil, insignificante, que só existe na fantasia, falso, ilusório e inútil), pode ser também um desejo imoderado de atrair a admiração; presunção. No caso aqui deste estudo o que iremos tratar é do primeiro sentido da palavra sem entrarmos no mérito do segundo que realmente não tem ligação com o que o autor nos quer dizer.

Introdução e contexto

O livro de Eclesiastes foi escrito pelo rei Salomão quando ele já estava com uma idade avançada, no final de sua vida. O propósito do livro é o de remover o escândalo causado por ele com a sua idolatria e o seu afastamento de Deus (1Reis11), e para advertir aos mais jovens que não cometessem os mesmos erros que ele houvera cometido (Ec.7:29). Antes de entrarmos no estudo em si, vamos ver alguns aspectos da vida de Salomão que nos ajudarão a entender o que o rei quis dizer quando escreveu o Eclesiastes:

1. Filho do rei Davi com Bate-Seba (2Sam.12:24).
2. Era amado de Deus, Jededias (2Sam.12:25).
3. O seu nome significava “pacífico”, (heb. SHELÔMÕH). Exatamente pela sua característica de pacificador e não de guerreiro conquistador, como foi Davi, é que o templo ao Senhor foi edificado durante o seu reinado em Jerusalém (1Reis 6).
4. Foi criado num lar cheio de problemas morais, tais como: o incesto entre seus irmãos Tamar e Amnom (2Sam.13:1-17), o assassinato de Amnom por Absalão (2Sam.13:23-29), Absalão toma o trono do pai Davi (2Sam.15:1-8), o escândalo criado por Absalão ao deitar-se com as concubinas de seu pai (2Sam.16:20-23) e outros escândalos que envolveram a vida do rei Davi, como o próprio casamento de Davi e Bate-Seba (2Sam.11:26-27). Apesar de seu pai ter sido um ótimo rei, ele foi um péssimo pai que acabou por deixar sua família seguir para um fim trágico.
5. Foi ungido rei e aos vinte anos de idade começou a reinar sobre Israel. (1Reis1:23-40).
6. Começou muito bem o seu reinado pedindo a Deus sabedoria para que julgasse o povo (1Reis3:3-28).
7. Edificou o Templo ao Senhor (1Reis 6).
8. Fez aliança como Senhor (1Reis9:1-9).
9. Cometeu idolatria (1Reis11:1-8).
10. Recebeu a ira de Deus (1Reis11:9-13).

Baseados nestes aspectos, podemos notar que uma boa parte da vida de Salomão – principalmente à partir de sua idolatria ainda na mocidade – foi vivida longe dos desígnios de Deus, fato que nos ajudará a entendermos o que Eclesiastes quer dizer com respeito a vaidade.A palavra vaidade é a chave deste livro e aparece 37 vezes recebendo aqui o sentido de: vapor, sopro, bolha, ou seja, coisa passageira de aproveitamento nulo. E era exatamente isto que Salomão estava sentindo quando escreveu este livro, ele sentia que toda a sua vida tinha sido correr atrás do vento, ou seja sem sentido algum.


As vaidades da vida

Salomão classificou algumas obras suas como sendo vaidade mostrando assim a sua profunda depressão momentânea que não o permitia ver nada de bom naquilo que houvera feito até então:1. a vaidade da possessão (Ec.2:1-11)2. a vaidade da sabedoria (Ec.1:17-18;2:12-17) O saber tornou-se em enfado pelo fato de que acabou não sendo aplicado como devia, o que trouxe condenação.3. a vaidade do trabalho (Ec.2:18-26). O sábio havia perdido a esperança quanto ao futuro de sua posteridade. Ele não havia dado bons exemplos.

Tudo é vaidade?

Se formos observar o escrito de Salomão sem contudo atentarmos para os fatos que o levaram a escrevê-lo, diremos que realmente tudo o que acontece nas nossas vidas, e até o nosso próprio viver é vaidade, é correr atrás do vento. A resposta a esta pergunta é não, nem tudo é vaidade. Salomão escreveu o que escreveu devido ao seu distanciamento de Deus durante os dias da sua mocidade e até aos dias de sua velhice. Não obstante a toda a sua sabedoria para reinar e julgar as questões entre o povo, nem à sua incalculável riqueza, o sábio “não soube aplicar devidamente a sua sabedoria ” no que diz respeito ao seu próprio viver, notando apenas muito mais tarde que sua vida não tinha valor algum distante de Deus. Ele chegou à sua velhice com um sentimento de vazio muito grande; vazio causado por uma vida desregrada e carregada de descompromisso com as verdades divinas que houvera aprendido até então. A vaidade da vida não é a vida em si, mas a maneira com a qual se vive a vida, se vivermos segundo os propósitos de Deus, ainda que sejamos pobres ou incultos em certas áreas teremos uma vida abundante, do tipo que vale a pena ser vivida, pois é uma vida com Deus. Já se porventura optarmos pelo contrário, provavelmente chegaremos ao fim de nossa vida com o mesmo sentimento de vazio que sentiu Salomão, e a vida para nós terá se tornado realmente uma vaidade de vaidade, um correr atrás do vento.

Vida abundante

Já vimos o que levou a Salomão a sentir-se vazio e agora veremos como nós podemos fazer para vivermos abundantemente sem que nossa vida seja uma profunda vaidade de viver. A palavra de Deus nos ensina que vida abundante é só em Jesus (Jo.10:10), e este privilégio todos nós já gozamos, porém devemos colocar em prática esta abundância de viver. Em 1Cor.10:31 encontramos uma fórmula de viver-se abundantemente, que é o dar graças em tudo. Em Ec.12:1 o pregador exorta-nos a lembrarmo-nos de Deus nos dias da nossa mocidade, e este lembrar significa viver constantemente na presença de Deus. Orar, ler a Bíblia, jejuar e testemunhar são as melhores maneiras de se viver na presença do Senhor.

Desafio

Que tipo de vida temos vivido hoje, uma vaidade de viver ou uma vida abundante em Deus? Apesar de não sermos tão sábios quanto o rei Salomão, é necessário que saibamos aplicar a nossa sabedoria para vivermos abundantemente uma vida com Deus, de tal forma que possamos futuramente ou hoje mesmo olharmos para trás e vermos que não corremos atrás do vento e sim termos a certeza de que o nosso viver valeu a pena em Deus

Autor: Alessandro Capelari


Minha Opinião.

Bom vamos lá. Segundo o dicionário nos revela a palavra "Vaidade é o desejo de atrair a admiração das outras pessoas", ou seja, uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada. Mostra com extravagância seus pontos positivos e esconde seus pontos negativos.
Vemos hoje em dia muitos dizerem a cerca de vaidade somente nas roupas, adereços, etc. Quando na verdade tudo o que fazemos sem estar voltado em honrar á Deus acaba sendo vaidade.
Vemos também que uma pessoa vaidosa pode ser gananciosa, por querer obter algo valioso, mas é só para causar inveja nos outros, ou através dessa ganancia essa pessoa faz de tudo para ser maior do que o seu próximo, sempre para que ela possa estar no ápice da situação, ou seja, por cima de tudo e de todos.
Analisando a vida de Solomão como no estudo acima, aprendo que tudo que fazemos sendo para Honrar á Deus sendo na Vitória ou na Derrota, não será visto pelos olhos do Senhor como Vaidade e sim como Bênção para a nossa vida.
Portanto nunca faça nada para que as pessoas te coloque em um pedestal mais alto do que os outros, mas faça as coisas somente para que Deus seja colocado nesse pedestal, pois sempre temos que diminuirmos para que o Senhor cresça em nossa vida.
Vaidade então não é nada mais do que uma forma de nos expormos para que as pessoas nos observe sempre, sendo que o único que pode nos observar é o nosso Deus, pois em Salmos 139 diz isso.
Fique com Deus

Ricardo Fabris.

4 de nov. de 2008

Igrejas Cheias de Pessoas Vazias!?

Embora muitas igrejas estejam cheias, inúmeras pessoas ali parecem continuar vazias de sentido de viver.

Recentemente, ouvi o pastor Carlos Alberto Bezerra, dirigente da Comunidade da Graça, falar que há muitas igrejas cheias de pessoas vazias. Uma frase de forte impacto e com muita razão. Ele falava de igrejas que não vivem o sadio Evangelho.
Tenho observado que há mesmo muitas igrejas cheias – considerando aqui igreja como o espaço nobre da vivência do sagrado. É claro que Jesus não morreu pelo espaço e pelos objetos que estão nesse espaço. Mas tenho também observado que, embora muitas igrejas estejam cheias, inúmeras pessoas ali parecem continuar vazias de sentido no viver. Em vez de entregarem não só a alma para Jesus, ainda não lhe entregaram tudo o que têm (negando-se a si mesmas, conforme Lucas 9.23). Antes, estão buscando um Deus de avental, pronto a servi-las com todas as benesses celestiais e principalmente materiais.

São pessoas que não estão dispostas a buscar o arrependimento, o perdão, o abandono de uma vida egoísta e consumista dos bens e riquezas, que foram mal nos negócios, no emprego, que não souberam planejar sua vida e recursos e agora estão na pior. Então, buscam o Deus-panacéia, o Deus-resolve-tudo, tipo um consertador, uma espécie de “clínico geral”.

Muitos líderes e igrejas são oportunistas, pois o mundo, estando cheio de pessoas com esse perfil, fornece os clientes potenciais para rechear o caixa da igreja e seus bolsos. Por meio da pregação de um evangelho antropocêntrico, despido da verdade bíblica, transformam Deus em mercadoria de bom preço. Estão dispostos a pôr o Senhor para trabalhar para você a um custo inicialmente baixo, mas, se feito um balanço, o custo será alto, não apenas financeiro, mas também quanto ao que de mais importante existe na vida – a perda de seu significado.

Outro dia, recebi um e-mail de uma pessoa que freqüenta uma igreja assim, ela estava desiludida, pois já havia gastado tudo o que tinha e nada conseguiu resolver de sua vida. Caiu no conto do “vigário”, desculpem-me, no conto do “pastor”!
A realidade é que as pessoas estão vazias não porque estejam desempregadas, com saldo devedor, com enfermidades, com a perda de um ente querido. Estão vazias porque o buraco dentro de suas vidas é do tamanho exato de Deus, o vazio é a perda de sentido na vida, de objetivo em viver.


Jesus disse “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10). Não é porque você entregou a vida a Jesus, que adquiriu a imunidade a vírus, bactérias, morte, perda de emprego, etc. Como nova criatura, você vive, não mais você, mas Cristo vive em você (Gálatas 2.20), ele é quem vai dar significado à sua vida, a visão de mundo agora é outra, os bens são meros acessórios, muitos deles dispensáveis, você vai buscar um estilo simples de viver, por isso é possível dizer “Em tudo dai graças” (I Tessalonicenses 5.18). Uma vida grata é uma vida cheia de sentido.

Texto do teólogo, educador e escritor
Lourenço Stelio Rega, extraído da Revista Eclésia.

Crescendo no Espírito

Podemos definir o termo “crescimento” como ato ou efeito de crescer. A palavra crescer fala de aumentar em volume, grandeza ou extensão. Aumentar em estatura ou altura. Aumentar em intensidade, força ou ímpeto. Aumentar em duração. Aumentar em número ou quantidade; multiplicar. Tornar-se mais longo. Nascer e desenvolver-se.
Assim, crescimento espiritual é algo que precisa acontecer na vida do cristão. Este crescimento espiritual tem que ser algo natural.

Textos bíblicos que falam de crescimento:
- “Antes, crescei...” – II Pedro 3:18.
- “Desejai ardentemente...” – I Pedro 2:2
- “Seguindo a verdade em amor, cresçamos...” – Efésios 4:15.
- “A vereda do justo...” – Provérbios 4:18.
- “Prosseguir em conhecer...” – Oséias 6:3
- “Esquecendo-me...” – Filipenses 3:13.

Observe que para o apóstolo Paulo o que importava era avançar – ele estava determinado a crescer mais e mais.
Quando lemos o texto de Oséias devemos entender que o “conhecer” não deve se resumir em possuir informações a respeito, mas ter intimidade que se evidencia na adoração, no estilo de vida e na lealdade a Deus.
Para crescer na vida espiritual o cristão precisa buscar experiências em Deus. Através das experiências com o agir de Deus em nossa vida, experimentamos crescimento. Em todas as áreas da vida a experiência é muito importante. Não se vive apenas de teoria.

Alguns textos que falam em experiências com Deus:

- “Provai e vede...” Salmos 34:8;
- “Fazei prova de mim...” Malaquias 3:10 e Mateus 7:8;
- “Aquele que me busca...” Jeremias 29:13.
- “Clama a mim...” Jeremias 33:3.
Outra coisa que o crente precisa fazer neste processo de buscar crescimento para sua vida espiritual é fazer “morrer” o seu “eu”.
Textos que falam sobre o assunto
- Em João 3:30 vemos que é necessário que “Cristo cresça em nós”.
- João l5:5 fala que precisamos de Cristo pois “sem Ele nada podemos”.
- Mateus l6:24 convida-nos a renunciarmos a nós mesmos.


Precisamos avançar. Para nós o que importa é crescer. Aquilo ou aqueles que não crescem, naturalmente atrofiam! Atrofiado lembra algo decadente, debilitado, enfraquecido e que não se desenvolveu. Infelizmente muitos cristãos vivem desta forma.
Precisamos estar atentos às muitas distrações ou tentações da vida. Quem está numa corrida não pode se distrair – Hebreus 12:1-2 e I Coríntios 9:24-25.
Os cuidados deste mundo. As preocupações com as riquezas e os desejos ímpios, são distrações e empecilhos ao crescimento espiritual.

É preciso esquecer-se das coisas que atrás ficam – Filipenses 3:14-14.

Vamos avançar, vamos crescer!

A Boca e o Coração

Conta-se que há muitos séculos, numa época em que os homens eram guiados por magos, adivinhos e astrólogos, um poderoso rei sonhou que havia perdido todos os seus dentes, um após o outro. Despertou desesperado e mandou chamar todos os sábios e adivinhos para que interpretassem o seu pesadelo.
Um a um eram chamados à presença do rei, que lhes contava o sonho.
- Que desgraça, meu rei! Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade! - exclamavam todos os adivinhos, pois chegavam sempre à mesma conclusão sobre o que significava aquele sonho.
O rei, enfurecido, mandou matar todos aqueles “sábios” que agouravam o seu reino. Até que não sobrou nem um sequer. Então chamou os seus servos e ordenou que encontrassem outro adivinho em qualquer lugar da terra que pudesse interpretar-lhe o sonho.

Passados alguns dias, encontraram um simples homem, que em terras distantes era visto como um homem de grande sabedoria, e levaram-no à presença do rei.
Este, após ouvir o rei contar-lhe o sonho, disse-lhe calmamente:
- O poderoso senhor! Viva para sempre, pois teus dias serão tão longos que nenhum dos teus parentes te verá morrer. É este, ó rei, o significado do seu sonho.
O semblante do rei iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar metade do seu tesouro ao sábio peregrino. Quando o sábio saía do palácio, levando sua recompensa, um dos copeiros, admirados, lhe disse ao ouvido:
- Não é possível! A sua interpretação foi a mesma que os seus antecessores deram. Não entendo porque aos primeiros o rei mandou matar, e a você pagou com todas estas moedas de ouro.
- Lembre-se, meu amigo - respondeu o sábio - tudo depende da maneira que você fala! Você não precisa ofender ninguém.

A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa que você retira do seu tesouro: “O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o mau do mau tesouro tira coisas más” (Mateus 12:35). Você pode lançá-la contra uma pessoa, ferindo-a ou pode lapidá-la delicadamente e oferecê-la num anel. Certamente assim será aceita com mais facilidade e a pessoa, inclusive, irá agradecer-lhe a ajuda.

“Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras será condenado” (Mateus 12:37).

Mais um Natal e muitos não sabem o seu Significado.

Estamos vivendo os dias de mais um Natal. O mundo, em quase sua totalidade, irá mais uma vez comemorar esta data.

Na Bíblia, o livro de Deus para o homem, não encontramos nenhuma passagem que, literalmente, especifica ou recomenda a comemoração desta data da forma como se faz hoje. Ali também não há menção de muitos símbolos que as pessoas usam para comemorar esta festa. Entretanto, o Natal, como sabemos, é a festa que celebra a vinda de Jesus Cristo ao mundo.

Muitos anos antes de Jesus nascer, os profetas já haviam anunciado o seu nascimento, informando como seria a vida de cada pessoa e do mundo, se aceitassem o Seu reinado. Setecentos anos antes de Jesus nascer, o profeta Isaías descreveu desta forma a sua vinda: “O povo que andava na escuridão viu uma forte luz: a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas. Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será nosso rei. Ele será chamado de “Conselheiro Maravilhoso”, “Deus Poderoso”, “Pai Eterno”, “Príncipe da Paz”. O espírito do Deus Eterno estará sobre ele e lhe dará sabedoria e conhecimento, capacidade e poder. Ele temerá ao Deus Eterno, conhecerá a sua vontade e terá prazer em obedecer-lhe. Ele não julgará pela aparência nem decidirá somente por ouvir dizer. Mas com justiça julgará os necessitados e defenderá os direitos dos pobres” (Isaías 9:1-5; 11:2-4).

Quanto à data, sabemos que não foi no dia 25 de dezembro que o Filho de Deus, nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo, nasceu. Sabemos também que esta data, segundo relatos históricos, era consagrada a uma divindade pagã e que posteriormente passou a ser usada para comemorar o nascimento de Cristo. Não negamos também que os símbolos do Natal que hoje conhecemos têm origem incerta, e que muitos vieram da crendice popular e pagã. Motivos pelos quais não os adotamos.

Entretanto, data, símbolos e outros ligados ao Natal não devem ser a nossa preocupação maior. Jesus é maior! Se nesta data ou não, o que importa é que ele veio. E isto pode ser comemorado. Embora nem todos saibam reconhecer isto, mas a vinda do Salvador ao mundo tem um grande significado para a humanidade. Em Cristo está a eterna salvação que Deus, gratuitamente oferece ao homem.

Natal é mais do que uma festa de presentes, comidas e bebidas. Natal nos faz lembrar o nascimento do Salvador, o Filho de Deus, Jesus Cristo, que é maior do que a própria festa. Deus espera que o homem entenda isto. “Quer comais, quer bebais, ou faças outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (I Coríntios 10:31).

Com Jesus Cristo em sua vida, comemore mais este Natal e seja feliz!

Ricardo Fabris

Existe maldição hereditária?

Quando navego pelo Orkut, observo que, nas comunidades evangélicas, jovens com posições firmes e bíblicas não são bem-vindos. Alguns internautas chegam a ridicularizá-los. Noto, ainda, que boa parte da juventude inicia respostas a questões fundamentais para a vida cristã da seguinte forma: “Eu acho que”, e não: “Na Bíblia está escrito que”. Isso é um sintoma perigoso.
Não se assuste com a minha contundência, pois, diferentemente do que tenho visto no Orkut, esta resposta será direta, objetiva e segundo a Palavra de Deus. Não a escrevi para agradar ou atacar pessoas. Pode ser até que alguns jovens apreciem a minha resposta, e outros a detestem. Contudo, a Bíblia vai continuar sendo a verdade, aconteça o que acontecer (1Pd 1.24-25).
Existe maldição hereditária? Não! Porém, esse falso ensinamento tem sido propagado como verdadeiro e seguido por crentes incapazes de exercer discernimento devido à falta de conhecimento bíblico. Trata-se da crença extrabíblica de que, além das doenças decorrentes de uma predisposição genética, males espirituais são transmitidos de avô para neto, de pai para filho, etc.

O evangelho de Cristo é simples: basta crer em Jesus, confessá-lo como Senhor (Rm 10.9-10), permanecer nEle (Mt 24.13 e 1Co 15.1-2) e viver em santificação (Hb 12.14), a fim de ser salvo e participar das bênçãos que acompanham a salvação (Hb 6.9). No entanto, há enganadores querendo complicar a simplicidade do evangelho (2Co 11.3-4). É como se dissessem: “Se podemos complicar, por que simplificar?”
Somente Cristo, por meio de sua graça, liberta o ser humano. Não são necessárias fórmulas e receitas para alguém se libertar de supostas maldições hereditárias. Mas alguém poderá argumentar: “Há passagens bíblicas, como Êxodo 20.5, que não deixam dúvidas quanto à existência da maldição heridária”. É mesmo? Não se apresse! Cada passagem da Bíblia deve ser analisada com base no contexto. Você sabe o que é isso, não sabe?

Bem, se acreditarmos que Êxodo 20.5 aplica-se a nós, teremos de admitir que fomos tirados do Egito, literalmente, nos dias de Moisés! Constate isso lendo agora os versículos 1 e 2. Esse mandamento e as punições extensivas às gerações dos seus infratores foram endereçados aos israelitas, e não a nós! Os mandamentos da Bíblia se dirigem a três povos (1Co 10.32), e não devemos interpretá-los a bel-prazer. É a Palavra de Deus que deve nos guiar (Sl 119.105).
Mas, sabe de uma coisa? Ainda que a passagem citada se aplicasse a nós, ela não apoiaria a maldição hereditária, posto que alude ao fato de os pecados dos pais levarem os filhos ao sofrimento, ao adotarem os seus hábitos e atitudes más. Apesar de Deus respeitar a individualidade (Ez 18.4 e Tg 1.14), o exemplo dos pais é preponderante na formação de uma pessoa (Ex 34.7 e Pv 22.6).

Os propagadores da maldição hereditáira costumam mesclar conceitos e metódos psicoterápicos com a Bíblia. No entanto, embora a psicologia tenha o seu valor como ciência, a chamada “psicoterapia cristã” é um jugo desigual (2Co 6.14). Quem cura o nosso íntimo, libertando-nos do passado, é o Senhor Jesus (Jo 8.32,36 e Lc 4.18). A psicologia é até útil, desde que não queiramos associá-la à obra do Espírito Santo.
Alguns defensores da heresia em análise têm afirmado que o simples fato de alguém ter recebido de seus pais um nome com significado negativo resulta em uma vida de derrota! Se alguém se chamar Maria das Dores, precisa quebrar essa maldição e se apresentar com outro nome! Quanta invencionice!
Se precisamos quebrar maldições de antepassados, para que serve a nossa santificação diária (Hb 12.14)? E os erros que cometemos, eles se devem a fatores hereditários? Por que a Bíblia diz: “Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos” (Cl 3.9)? Que culpa tenho eu se meu avô foi um mentiroso inveterado? Ora, tenho de lutar é contra a minha própria natureza (Hb 12.4 e Gl 5.17)!

Portanto, que tal seguir à Bíblia? Ela diz: “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...”, Rm 8.1. E: “... se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”, 2Co 5.17.

Pastor Ciro Sanches Zibordi