26 de set. de 2008

Os Frutos do G-12

De uns tempos para cá algumas igrejas (Assembléias de Deus, Batistas, etc.) resolveram adotar a chamada “visão celular”. Umas assumem sem problemas que fazem parte do Movimento G-12. Outras, consideram-se igrejas em células, mas rejeitam o rótulo “G-12” e não seguem necessariamente a mística associada ao número doze (doze apóstolos, doze tribos, etc.). Algumas adotam grupos celulares de dez, quatorze ou até quinze membros.

O certo é que a “visão celular”, em geral, vem sendo apresentada, sem nenhuma modéstia, como o mais eficaz meio de conquistar almas perdidas. Os seus defensores afirmam que imitam a igreja primitiva e que estão colhendo muitos frutos... Para eles, essa estratégia é uma revolução, uma quebra de paradigmas e, ao mesmo tempo, um retorno aos princípios da igreja de Atos dos Apóstolos. Não se trata, pois, de mais um programa; é o programa da igreja.

Alguns líderes de igrejas em células têm afirmado que não seguem a padrões éticos, dogmáticos, eclesiásticos de pessoas maduras na fé, experientes ou tradicionalmente respeitáveis. Preferem valorizar as “ministrações específicas” em sigilosos pré-encontros, encontros, pós-encontros, etc. Ninguém está autorizado a descrever o que acontece nessas “tremendas” reuniões secretas...

As igrejas em células têm os seus próprios cursos e conteúdos pedagógicos. Não investem na Escola Bíblica Dominical; consideram-na ultrapassada, uma instituição falida. Dizem, sem nenhuma cerimônia, que as igrejas tradicionais ou conservadoras seguem a padrões arcaicos e “comem pão amanhecido, seco e duro”. Desprezam e reprovam a liturgia tradicional das igrejas que não seguem ao “modelo celular”.

Na prática, embora não admitam, os propagadores dessa “visão” têm oferecido aos crentes vários atrativos do mundo, mas dentro de um contexto “evangélico”. Sua estratégia principal é a “contextualização”. Tudo é feito para agradar as pessoas, uma vez que o objetivo é o crescimento numérico, e não a formação de crentes segundo a Palavra de Deus. Prevalecem doutrinas triunfalistas, como a confissão positiva, a maldição hereditária e a teologia da prosperidade.

Tudo gira em torno das células, reuniões realizadas somente em casas de pessoas evangélicas. Há cultos no templo, mas nenhuma reunião é mais importante que as células, definidas como “a essência da vida da igreja”. Nessas reuniões, ocorre a chamada “oração profética”, recheada com palavras de ordem ao Diabo: “ordenamos”, “quebramos”, “maniatamos”, etc. Há também espaço para manifestações estranhas, como o “cair no poder” — até as crianças caem.

A liturgia das igrejas em células é baseada no princípio “Pregue o evangelho da maneira como as pessoas querem ouvi-lo, e não da forma como precisam ouvi-lo”. A ordem é não se prender a regras ou princípios. Empregam-se, nos chamados cultos: danças, coreografias e apresentações teatrais, principalmente como atrativos para a juventude.

Nessa nova modalidade de culto, os participantes batem os pés e gesticulam à vontade, sem restrições, além de marcharem. A ênfase recai sobre as músicas, as danças, as coreografias, etc. Não há lugar para hinários tradicionais, como Harpa Cristã, Cantor Cristão, etc. Dizem que cantar hinos ultrapassados é idolatria. Tais hinos, segundo eles, parecem ter sido compostos para um funeral.

Em algumas igrejas, empregam-se, nos chamados cultos: excesso de aplauso e de brados “de vitória”, faixas, cartazes, balões, bandeirinhas, lenços... As palavras de ordem são: exagerar e extrapolar. “Sentiu vontade de fazer?” — dizem. — “Faça! Se parecer exagero, execute! O Senhor não está interessado se o adoramos de ponta-cabeça, sentados, em pé, deitados, chorando, sorrindo, cantando, falando, gemendo, gritando e até gesticulando o corpo”.

Infelizmente, por influência dessas igrejas celulares, alguns sintomas são verificados na igreja brasileira.

Eis os frutos do G-12:

1. Os “cultos” não são mais reuniões para adorarmos a Deus, e sim para recebermos bênçãos. Tudo gira em torno dos interesses do povo; os “cultos” são voltados para as pessoas, e não para o louvor do Senhor Jesus Cristo.

2. A exposição da Palavra de Deus não é mais o principal momento de um “culto”. Afinal, para muitos crentes, Deus fala de várias outras maneiras.

3. Praticamente não existe mais o louvor meditativo, em espírito, pois a cada dia os “cultos” se assemelham aos shows mundanos (desculpem-me da redundância, pois todos os shows, por definição, são mundanos).

4. Muitos crentes de hoje consideram normal a realização de shows, por meio dos quais artistas se apresentam para um público que reage com histeria. Cantores e pregadores são mais populares do que Jesus Cristo...

5. Não há mais espaço para a evangelização, de fato. As igrejas se limitam a sair em praça pública para dançar, gritar, pular e “determinar” que o Brasil é do Senhor Jesus!

6. As letras das canções (canções, mesmo, pois não são hinos de louvor a Deus) só enfatizam os “sonhos de Deus” e mensagens de auto-ajuda. A cada dia, desaparecem os hinos de adoração a Deus e os que falam da obra de Cristo.

7. A falta de temor a Deus nos “cultos” é facilmente percebida em razão das atitudes extravagantes dos crentes.

8. A Palavra de Deus não é respeitada, e quem a defende é taxado de retrógrado, biblista rígido, quadrado, ultra-conservador, etc.

9. Não há mais espaço para a renúncia e a santificação. Os crentes se consideram todo-poderosos.

10. Líderes fracassam moralmente, sendo condenados pela Justiça, mas os crentes não se sentem envergonhados; antes, se dizem perseguidos pelo mundo. Afinal, os crentes também compram CD's e DVD's piratas, possuem gatonet em casa... Para que se importar com os desvios de seus líderes?

Lembremo-nos das palavras do Sumo Pastor, registradas em Mateus 7.15,16: “Acautelai-vos... Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”

Respeitosamente,

Ciro Sanches Zibordi

22 de set. de 2008

Pastor Ricardo Gondim - Como Saber Quando Deus que Esta Agindo

Pastor Ricardo Gondim - Como Escolher a Igreja Certa

Pastor Ricardo Gondim - Camo Distinguir a Fé Cristã das Crendices Populares

Pastor Ricardo Gondim - Casamento e Divórcio

Pastor Ricardo Gondim - Características de Pedro (Temperamentos)


Pastor Ricardo Gondim - As Lágrimas de Jesus

Pastor Ricardo Gondim - As intervenções de Deus e as reações humanas

Pastor Ricardo Gondim - As Causas, Consequências e a Cura para o Mal

Pastor Ricardo Gondim - Aprendendo a Usar a Língua com Sabedoria

Pator Ricardo Gondim - Aprendendo a Perseverar nas Provações

Pastor Ricardo Gondim - Aprenda a Relacionar-se para não ficar Louco

Patro Ricardo Gondim - Aprendendo em confiar em Deus com a virgem Maria

18 de set. de 2008

Pastor Ricardo Gondim - Aprenda a relacionar-se com o Deus vivo

Pastor Ricardo Gondim - Aprenda a Orar

Pastor Ricardo Gondim - Aprenda a lidar com as estações da vida

Pastor Ricardo Gondim - Alcançando uma Fé que merece o elogio de Jesus

Pastor Ricardo Gondim - Aonde esta Deus na violência

Pastor Ricardo Gondim - Acrescentando Sabedoria a nossa Fé

Pastor Ricardo Gondim - A Virgem Maria e seu exemplo para nossas vidas

Pastor Ricardo Gondim - A Vida é rara e não pode ser desprezada

Pastor Ricardo Gondim - A sua Pré História é Importante para Deus

Pastor Ricardo Gondim - A verdadeira felicidade

Pastor Ricardo Gondim - A sua dor doi em Deus

Pastor Ricardo Gondim - A Simplicidade de Jesus

Pastor Ricardo Gondim - A pessoa mais magnifica do universo Jesus Cristo

Pastor Ricardo Gondim - A Oração do Pai Nosso

Pastor Ricardo Gondim - A Oração que Jesus nos ensinou

Pastor Ricardo Gondim - A Fé precisa de Razão, Emoção e Ética

Pastor Ricardo Gondim - A Oração de Jesus

Pastor Ricardo Gondim - A maior festa de todos os tempos

Pastor Ricardo Gondim - A Fé que não precisamos e a Fé que desejamos

Pastor Ricardo Gondim - A Fé precisa ser vivida e não apenas falada

Pastor Ricardo Gondim - A familia e um projeto de Deus

Pastor Ricardo Gondim - A Cura da Sogra de Pedro

Pastor Ricardo Gondim - A Cura de um hidrípico

Pastor Ricardo Gondim - A disciplina de Deus

Pastor Ricardo Gondim - A Experiência de uma Fé Verdadeira

Assembléia de Deus compra madrugada da Band

Um mês depois de "arrendar" o canal 21 (em UHF) por cinco anos para a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Band fechou novo contrato, em sigilo, com outra igreja: a Assembléia de Deus, que comprou o horário das 2h às 7h, de segunda a sexta, e das 4h às 7h aos sábados e domingos.

A Band não revelou nem o valor e nem a duração do contrato (cerca de quatro anos, segundo a coluna Ooops! do portal UOL apurou).

Para efeito de comparação, o pastor R.R. Soares paga à Band algo em torno de R$ 5 milhões por mês para ter uma hora de programação da Band em horário nobre.

O contrato foi fechado pelo pastor Silas Malafaia, que já apresenta um programa na Band, o "Vitória em Cristo".

Malafaia é um pastor polêmico, que já foi acusado por inimigos (alguns, pastores de outras linhas evangélicas) de fazer sermões que promovem racismo e ódio aos homossexuais.

Um rival chegou a denunciar (sic) que ele pertenceria à maçonaria e ao G12 (controvertido grupo neopentecostal que surgiu no início da década de 80), o que gerou grande tensão em seu ministério. Malafaia negou tudo na TV.

Esta matéria foi publicada em 17/09/2008 11:59:02 na folha gospel

Fonte: UOL

Pastor machuca fiel durante oração em Piracanjuba

O pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, identificado apenas como Rone, machucou a fiel Ana Jorge Siqueira, 68, durante uma oração do descarrego realizada por volta das 17h de ontem (14). Segundo informações da Polícia Civil, o pastor jogou a vítima no chão, provocando intencionalmente as lesões. Ainda de acordo com a PC, a senhora teve o rosto lesionado, com vários hematomas provocados pela queda.

Ana só procurou a Delegacia na tarde de hoje, inconformada, para registrar o caso. De acordo com o delegado Espagner Wallysen Vaz Leite, o pastor vai responder por crime de lesão corporal. A gravidade das lesões só será definida após laudo do exame de corpo de delito. O pastor deve ser chamado amanhã (16) pelo delegado para prestar esclarecimentos.

Esta notícia foi publicada no dia 16 de Setembro de 2008 às 15:46:12 no site gospelmais

Fonte: Diário da Manhã

5 de set. de 2008

As 7 "maravilhas" do mundo evangélico

Em 07/07/07, o belíssmo CRISTO REDENTOR, no Rio de Janeiro, Brasil, foi eleito uma das novas maravilhas do mundo!
O símbolo do Rio de Janeiro, que acolhe a chegada de turistas do mundo todo à Cidade Maravilhosa, assume seu lugar na nova lista de Maravilhas do Mundo ao lado de seis outras obras: a Grande Muralha da China; a cidade helenística de Petra, na Jordânia; a cidade inca de Machu Picchu, no Peru; a pirâmide de Chichen Itzá, no México; o Coliseu, antiga arena de combates em Roma; e o túmulo do Taj Mahal, na Índia.
Na época, aproveitando a oportunidade, eu também preparei uma lista com as sete "maravilhas" do mundo "evangélico", isto é, as que mais fascinam a maioria das pessoas que dizem servir a Deus, na atualidade.

1) Prosperidade. Isto é, a falaciosa teologia da prosperidade. Esta, sem dúvida nenhuma, está em primeiro lugar, apesar de Jesus ter dito: "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça" (Lc 12.13-31).

2) Extravagância. Quer dizer, a chamada "adoração extravagante", que pouco ou nada tem de adoração e muito de extravagância. Não há dúvidas de que os shows, com muita dança, diversão, gritos frenéticos (cf. Is 29.13; Am 5.23), etc. façam parte desta lista. E junto com eles as baladas gospel, as festas jesuínas, etc.

3) Experiencialismo. Numa época em que "super-apóstolos" e "super-pregadores" visitam literalmente "o Céu" e falam diretamente com "Deus Pai", "Jesus" (cf. 2 Co 11.4), Paulo, Maria, anjos (cf. Gl 1.8), etc., ninguém precisaria mais de um livro tão "desatualizado" como a Bíblia... Hoje muitos seguem aos seus impulsos e, como já temos visto aqui neste blog, recebem mensagens de uma galinha (interpretadas por um galo!), ungem o Dedo de Deus, engatinham como leão no palco, marcam a vinda de Jesus para um sábado de 2007, recebem a unção do riso e sopros de "super-pregadores", caindo facilmente aos seus pés...

4) Ecumenismo. O negócio hoje é unir forças pelo bem comum. A doutrina divide. Temos de nos unir. Por isso, a cada dia surgem igrejas para todos os gostos... Já existem até igrejas "evangélicas" lideradas por "pastores" gays, voltadas principalmente para a turma GLBTS! Sabe qual é o lema deles? "O Senhor é o meu Pastor e me aceita como eu sou" (cf. 2 Tm 4.1-4; 1 Tm 4.1).

5) Teologicocentrismo. Há muitos que não apreciam muito o que já citamos acima, mas não abrem mão das suas convicções teológicas! Ainda que elas sejam contrárias à Palavra de Deus, não importa! O que vale é seguir aos seus teólogos preferidos, haja o que houver!

6) Farisaísmo. Esta "maravilha" também deve estar bem cotada por aqueles que se dizem conservadores, mas são, na verdade, extremistas. Sabemos que ser conservador à luz da Palavra de Deus é correto (Ap 3.11; 2 Tm 1.13; 1 Tm 6.20), mas os pseudo-conservadores apreciam bastante a prática de "coar mosquitos" e "engolir camelos".

7) Antropocentrismo. Realmente, o ser humano está no centro de todas as coisas. "Determine a sua vitória", "Você nasceu para ser um vencedor", "Profetize para você mesmo e diga isso e aquilo" são algumas das frases preferidas do mundo evangélico atual... Não tenho dúvidas de que o humanismo ou antropocentrismo é uma das "maravilhas" daqueles que se dizem servos, mas vão aos cultos só para receber, receber, receber... O negócio hoje é buscar a "restituição", invadir o terreno do Inimigo e pegar de volta tudo o que ele roubou, quebrar maldições...

Mas, alguém poderá perguntar:

- Em que lugar ficou a Renúncia?
- E a Exposição da Sã Doutrina?
- E a Santificação?
- E o Culto em verdadeira adoração, em espírito e em verdade?
- E os (genuinos) Dons Espírituais?
- E a Escola Bíblica Domical?
- E os Bons Costumes?
- E o Evangelho Cristocêntrico?
- E a Evangelização?
- E a Oração?
- E o Jejum?

Bem, como as "maravilhas" citadas têm um poder de sedução muito maior, essas outras MARAVILHAS tendem a ser esquecidas... A menos que você, meu caro leitor, tome uma posição diante do Senhor e de sua Palavra agora mesmo e vote nas... VERDADEIRAS MARAVILHAS DO EVANGELHO DO SENHOR JESUS CRISTO!

Respeitosa e sinceramente,

Pastor Ciro Sanches Zibordi

Igrejas “evangélicas” que não pregam o evangelho

Atenção! Atenção! Você pode estar sendo enganado! Na atualidade, há três igrejas conhecidas como evangélicas que, apesar de terem Deus no nome, não pregam o verdadeiro evangelho. Elas “arrastam” multidões. Pessoas se acotovelam para ouvir os seus pregadores, mas...
Por favor, não me pergunte quais são os nomes delas! Isso é apenas um alerta, um aviso a pessoas que, ingenuamente, freqüentam igrejas ditas evangélicas que propagam “outro evangelho”, e não o evangelho de Cristo (1 Co 15.1,2; 2 Co 11.3,4. Gl 1.6-12; 1 Tm 6.3,4).
Refiro-me a três grandes igrejas, cujos templos estão sempre lotados. A maior delas ainda não conquistou outros planetas — haja vista não existir vida fora da Terra —, mas a sua meta é crescer em nível universal. A segunda maior também está em boa parte do globo terrestre; trata-se já de uma igreja internacional. E a terceira também não deixa por menos. Conquanto menor do que as outras, já pode ser considerada mundial.
Estou falando de três líderes carismáticos, telepregadores muito bem-sucedidos em seus negócios. Quem lê entenda. Os dois primeiros fundaram a primeira igreja. O segundo e o terceiro saíram da primeira. O mais rico (está entre os mais ricos do País!) tem um reino à sua disposição. O segundo mais rico é um missionário, quer dizer, um milionário cheio de graça, que prega, canta, conta piadas... E o terceiro vem suando bastante (a ponto de os fiéis recolherem o seu suor!) para demonstrar que a sua igreja tem muito poder. São três os objetivos deles: dinheiro, dinheiro e dinheiro. Por esta razão, pregam o tempo todo sobre isso.
Essas igrejas aparecem na mídia todos os dias e têm muitos seguidores — você pode ser um deles! —, mas não pregam, como já disse, o verdadeiro evangelho. A primeira prega o evangelho da prosperidade. A segunda, o evangelho triunfalista. E a terceira, o evangelho empirista.
Os auditórios dessas igrejas, em geral, são formados por três tipos de pessoas, nessa ordem: interesseiras que freqüentam cultos apenas para se tornarem empresárias ou saírem de uma crise financeira; interesseiras que só vão aos cultos para receberem curas, bens materiais ou soluções de problemas; e interesseiras que freqüentam os cultos apenas para receberem milagres.
Bem, a primeira igreja contraria o que diz a Bíblia acerca do Reino de Deus: “... não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17), ao enfatizar apenas e tão-somente que o crente deve ser próspero nesta vida. Deus faz prósperos os seus filhos (Sl 1; 23; 37), mas um crente que só pensa em dinheiro e bens materiais está longe de agradar ao Senhor Jesus (Mt 6.19-21; 1 Tm 6.9,20; Ef 5.5).
A segunda igreja não valoriza a graça do Senhor Jesus, posto que promove um culto antropocêntrico, centrado nas necessidades humanas. As pessoas não freqüentam os cultos primeiramente para adorar ao Senhor, e sim para receberem bênçãos, como se Deus fosse aquele bom velhinho do Pólo Norte... Deus abençoa o seu povo, mas o nosso culto deve ser cristocêntrico, isto é, em adoração e louvor a Cristo (1 Co 1.22,23; 2.1-5). A oração modelo não começa com “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”, e sim: “Pai nosso que está nos céus, santificado seja o teu nome” (Mt 6.9).
Finalmente, a terceira igreja apresenta um culto aos milagres. Tudo gira em torno de sinais, prodígios, curas... Há problema nisso? Claro que sim! O Senhor Jesus, quando andou na terra, ficou o tempo todo curando os enfermos e fazendo milagres? Não! Ele ensinava, pregava e curava, nessa proporção (Mt 4.23; 11.1). Ele ensinou mais que pregou; e pregou mais que curou. Além disso, pregar o evangelho não é pregar milagres, pois estes são o efeito da pregação do evangelho (Mc 16.15-20). Por isso, na hierarquização que Deus estabeleceu para os dons do Espírito, milagres e curas aparecem depois de apóstolos, profetas e doutores (1 Co 12.28).
Diante do exposto, qual é a igreja que tem abrangência universal, mas só prega a teologia da prosperidade, não fazendo jus à definição bíblica de Reino de Deus?
Qual é o nome da igreja cujo líder, cheio de graça, é conhecido em âmbito internacional?
E que igreja é essa cujo dirigente mundial faz da pregação de milagres o seu carro-chefe, deixando de pregar o evangelho pleno, composto de promessas, mandamentos e princípios?
Bem, saber essas respostas não é tão importante. O que vale a pena mesmo é não seguir a falsos mestres que se dizem bispos, missionários e apóstolos (2 Tm 4.1-5), e sim ao Bom Pastor, o nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 10.11,27,28).

Na defesa do evangelho,

Pastor Ciro Sanches Zibordi

Unção da "loucura" ou loucura dos "ungidos"?

Nesses últimos dias, muitos não suportam mais a sã doutrina. Vibram com falações de animadores de auditório, milagreiros e falsos mestres (Mt 7.15-23; 2 Tm 4.3; 2 Pe 2.1,2), mas rejeitam a pregação expositiva. Não há dúvidas de que os modismos e interpretações equivocadas surgem por falta de exposição da sã doutrina (Sl 119.130; 2 Tm 3.16,17).
Hoje, nos grandes congressos, o povo, sem discernimento, torna-se manipulável e vibra com as frases de efeito dos “ungidos”, que pregam as suas novidades dissociadas das Escrituras.
O modismo do momento é a “unção da loucura de Deus”, com base em 1 Coríntios 1.25: “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”. Os espalhafatosos pregadores dessa “nova unção” vêem na passagem acima a justificativa para todas as aberrações que dizem e fazem.
Defensores dessa unção “divina” têm ministrado a “bênção do depósito celestial”. Prometem que as pessoas que tiverem fé encontrarão uma grande quantia em sua conta bancária! (Não pense que sou incrédulo. Creio sim num Deus que faz até moeda aparecer na boca de um peixe!) No entanto, a suposta bênção divina traz ao “agraciado” um autêntico “presente de grego”! Quer saber por quê?
Digamos que apareçam cinqüenta mil reais em sua conta. Como fica a sua situação em relação à Receita Federal? Como declarará isso no Imposto de Renda, haja vista não poder dizer simplesmente: “Foi Deus quem me deu”? O Senhor lhe daria uma bênção pela qual você se tornaria um sonegador de impostos, infrator da lei?
Portanto, a expressão “loucura de Deus”, empregada por Paulo sob a inspiração de Deus, enfatiza o quanto os seres humanos, por mais capazes que sejam, estão aquém do Todo-Poderoso. Mas o apóstolo também mencionou a “fraqueza de Deus”. Interessante que ninguém prega a “unção da fraqueza de Deus”! Como se vê, o texto em apreço não apóia as atitudes extravagantes e as “ministrações insanas” de certos “ungidos”, não é mesmo?

Pastor Ciro Sanches Zibordi

2 de set. de 2008

Revista Enfoque: Jejum bíblico

No final de 2007, a missionária Cláudia Simião da Silva, de 35 anos, morreu depois de jejuar durante um mês e obrigar duas sobrinhas, a irmã e a sogra a acompanharem o retiro. Ela foi encontrada morta em Belford Roxo, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Desde que o caso virou notícia, dezenas de e-mails chegaram à redação da Enfoque criticando a postura da missionária e trazendo dúvidas sobre o jejum.

Segundo informações da Polícia, Cláudia esperava um enviado divino que as tirasse da cidade e as levasse para uma casa na zona sul. Confinadas por quase dois meses em casa, as irmãs da vítima, Adrielle, 9, e Grazielle Souza Santos Simião, 11, foram internadas apresentando quadro de desnutrição e de confusão mental. E a missionária tinha instrução. Formada em Teologia e cursando Direito, segundo vizinhos, ela era desviada de uma Igreja Batista de um bairro próximo.

IGREJAS ADEREM À CAMPANHA DOS 40 DIAS EM JEJUM

Thereza Christina Jorge

O grito de guerra vem de São Paulo, da Primeira Igreja Batista em Santo André, pastoreada há 20 anos por Edison Queiroz. Ano passado, ele arregimentou 23 mil pessoas e 90 igrejas para a campanha “40 Dias de Jejum e Oração”, que será repetida a partir de 30 de março, quando deverão integrar o movimento cerca de 1 milhão de crentes de todo o Brasil. Objetivos: avivamento nacional e duplicação do número de crentes das igrejas brasileiras até 2010, ano do Censo do IBGE.

Tudo começou quando um membro da igreja telefonou para falar sobre uma mensagem que havia recebido de Deus: a igreja deveria fazer 40 dias de jejum e oração. “Verifiquei na Bíblia que Moisés e o próprio Senhor Jesus tiveram a experiência de 40 dias de jejum e oração e senti a confirmação de Deus para o projeto”, conta. Segundo ele, os resultados foram vistos no crescimento das igrejas locais, no fechamento de cassinos e na diminuição da criminalidade.

Quem já aderiu? Bem, todos os líderes que fazem parte do mailing da Sociedade Bíblica do Brasil receberam o convite do pastor Eude Martins, coordenador do Ano da Bíblia. Segundo ele, o jejum sugerido é de passar 40 dias com apenas uma refeição leve no período da tarde, mas pode ser aplicado de várias maneiras. “Pode-se, por exemplo, fazer um jejum de TV por 40 dias, aproveitando esse tempo para a comunhão com a família.”

JEJUM BÍBLICO

A Bíblia é muito clara sobre como deve ser feito o jejum: de forma racional, específica e que agrade a Deus. Mas é sempre na hora de colocá-lo em prática que surgem algumas dúvidas como: o que é o jejum? Como deve ser feito? Jejum de televisão e de refrigerante são válidos?

O que se observa no meio evangélico, principalmente no pentecostal, onde a prática é mais comum, é que existe ainda uma grande dúvida, confusão ou ignorância acerca do jejum e da sua prática correta. Segundo o dicionário, jejum significa abster-se de todo alimento, especialmente como uma observância religiosa. Na Bíblia, grandes homens consideravam o jejum importante. São eles Moisés, Davi, Elias, o próprio Jesus, Paulo e Cornélio. Até o próprio rei Acabe achou graça diante de Deus através do ato.

Rita Eulália de Paula, de 44 anos, da Assembléia de Deus – Ministério Belém, Campinas (SP) – é dessas pessoas que encontram vitória e recebem poder por meio do jejum. Para conseguir a liberação de um processo judicial que estava parado na Justiça há anos, ela fez um jejum durante 40 dias. Trocou os alimentos sólidos por líquidos, perdendo assim 10 quilos. Mesmo com o jejum, o processo ainda demorou alguns meses até sair. “Fui perseverante. A bênção era minha e estava decretado. Foi algo entre eu e Deus, onde pude mostrar minha autodisciplina”, afirma.


DÚVIDA DO LEITOR: CRIANÇA PODE FAZER JEJUM?

Enfoque responde: Claro que não! Crianças em fase de crescimento precisam de certos nutrientes para seu desenvolvimento. O corte da alimentação pode prejudicar o metabolismo da criança. Pré-adolescentes até podem jejuar, ainda que parcialmente, desde que a decisão seja espontânea e esteja dentro de um propósito bíblico. Cortar a alimentação pura e simplesmente, sem o intuito de intimidade com Deus, nada mais é do que fazer greve de fome.

A pastora metodista carioca Miriam Amaral elogia a força de vontade de muitos, no entanto, faz algumas ressalvas importantes. Uma delas é que o jejum deve ser motivado por um desejo profundo de maior intimidade com Deus e não visando o interesse pessoal: “O jejum é uma disciplina espiritual e se refere à abstenção de alimentos para finalidades espirituais. É uma maneira de nos humilharmos, reconhecermos a nossa pequenez e as nossas próprias limitações. É quebrantamento da carne a fim de obtermos um bem maior”.

Miriam, que também é mestre em aconselhamento pastoral e doutoranda na área de ministérios no Asbury Theological Seminary, em Wilmore, nos Estados Unidos, cita alguns casos na Bíblia que, segundo ela, são exemplos de que é possível usar o jejum para diferentes fins, motivados por diferentes sentimentos. Josafá, no livro de 2 Crônicas, teve medo e pôs-se a buscar ao Senhor. Ester jejuou por três dias, a fim de pedir o favor do rei para não exterminar o seu povo. Já nos exemplos de Jesus e do apóstolo Paulo, aconteceu a motivação de consagração para o início de seus ministérios.

ANTES DE INICIAR UM JEJUM, SAIBA QUE:

Jejuar é a restrição do apetite.

O jejum deve colocar Deus em primeiro lugar.

Jejuar é uma maneira de buscar a Deus.

Jejum bíblico é uma espécie de arma secreta do crente como recurso aliado da oração.

Jejum é uma forma de mostrar a Deus a urgência da necessidade declarada na oração.

Portadores de diabetes não podem realizar o jejum.

Usuários de certos medicamentos devem consultar seus médicos antes de começar.

Não jejue somente quando há crise, antecipe-se. O Espírito de Deus quer nos prevenir quanto à aproximação dos temporais.

O jejum pode ser individual ou coletivo.
Não jejue por rotina.

Fique firme durante o jejum. São comuns os ataques do diabo nesse período.

Consuma água pura durante o ato. Isso fará bem ao sistema renal e ajudará o organismo a expelir substâncias tóxicas.


EQUÍVOCOS MAIS COMUNS

Um dos erros mais cometidos por grande parte dos evangélicos é a abstenção de água. Jejuar significa abster-se completamente de todo alimento, mas não exclui a ingestão de água. Estudos comprovam que a água não é estimulante aos apetites do corpo. Qualquer jejum com duração de vários dias exige o uso de água. Moisés recebeu ajuda sobrenatural de tal maneira que pôde ficar 40 dias sem alimento e sem água, mas isto foi uma exceção.

Se uma pessoa toma café ou suco, não está realmente jejuando, no sentido primordial da palavra, mas se a pessoa estiver fazendo-o ao Senhor, será considerado como um “jejum parcial”. O músico Renato Fernandes, 25, da Igreja Congregacional em Santos (SP) é um dos que optam pelo jejum parcial. Como trabalha na área da construção civil, ele afirma que um jejum completo o prejudicaria em seu trabalho. Nas vezes em que optou por esse tipo de jejum, teve conseqüências como dores de cabeça e fraqueza: “Opto por um jejum mais leve. Nesse período, me retiro para estreitar minha intimidade com Deus”.

Às vésperas da Santa Ceia e de eventos importantes, o músico, ao lado de outros integrantes do ministério de louvor, faz um jejum de televisão e refrigerante, além de se abster de alimentos. “Para nós, jovens, é uma forma de sacrifício. Este é o intuito do jejum – sacrificar a carne para estar mais perto de Deus”, justifica.

JEJUM EM OUTRAS CULTURAS

O ato de jejuar é uma prática antiga que acompanha muitos povos. É vasta a discussão sobre a forma de praticar o jejum em outras culturas. Judeus religiosos, católicos e islâmicos também o praticam às vésperas de diversas celebrações, como a Festa de Purim (judeus), Páscoa (católicos) e Ramadam (islâmicos). Diferentes crenças orientais também têm por prática o jejum. Em todas as religiões e filosofias mencionadas, o comum denominador é a abstenção de alimentos e prática de prazeres físicos ou carnais.

O pastor presidente da Igreja Batista Ministério Reviver, Keneddy Fábio, diz que nos primeiros dias de abstenção é comum a pessoa se sentir fraca. “Com alguns dias de jejum a força voltará, mesmo enquanto o jejum continua”, assegura, alertando que, em geral, as pessoas confundem fome com apetite. Ele usa como base a tese de que quando sentimos a necessidade de comida, por hábito, temos apetite. Quando se perde alguma refeição, o apetite exige satisfação, produzindo as “dores” de estômago. “Fome verdadeira só começa no fim de um jejum prolongado, e isso pode durar várias semanas”, explica. Para ele, que já fez diversos jejuns, as dores de cabeça e a fraqueza não são desculpas para não realizá-los, e explica que, em muitos casos, as dores físicas são provenientes de hábitos de alimentação indisciplinados, como o consumo excessivo de café e doces.

Até mesmo a medicina se rendeu aos benefícios do jejum bíblico. Hoje em dia, os melhores nutricionistas aconselham um jejum de alimentos sólidos, uma vez por semana, só com sucos e diversos líquidos, a fim de promover a desintoxicação do corpo. Apesar de indicado, o jejum bíblico deve ter um limite, já que o organismo não pode ficar durante um tempo longo sem certos nutrientes. A ausência deles pode prejudicar o metabolismo, acarretando doenças.

Revista Enfoque
Edição 80: Debate: Jejum Bíblico
Celso de Carvalho

Revista Enfoque Gospel: Dançar ou não Dançar?

Pode ou não pode?

Atire a primeira pedra quem nunca se balançou ao ouvir aquela música que faz as batidas ecoarem dentro do coração e pensou: “Me segura, Jesus”. Mas será que é pecado sentir vontade de dançar ou é natural ter este desejo?
No dicionário, a explicação para dançar é: “movimentar o corpo em certo ritmo geralmente seguido de música. Ir de um lado para outro, balançar”. Já os profissionais da dança a definem como uma forma de expressão artística coordenada, onde se expressam todos os seus sentimentos, emoções, alegrias e outros, através dos movimentos.
Para explicar essa vontade de balançar o corpo ao ouvir uma música, o pastor Ciro Sanches Zibordi escreveu, entre outras coisas, no livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria (CPAD), que existem três maneiras de se ouvir uma música. Primeiro pode ser através do corpo, pois quem ouve com o corpo se deixa dominar pelo “embalo” da música. A segunda opção é com a emoção e, dessa forma, a pessoa permite que a música comande seus sentimentos e emoções. E a terceira é ouvir uma canção com o intelecto. Segundo o autor, essa é a forma mais correta, pois sendo assim, o ouvinte consegue discernir a música. E isso só é possível quando não se prioriza o ritmo. O culto a Deus deve ser espiritual e ao mesmo tempo racional, como diz a Bíblia.
O músico Sandro Domingues, que faz parte da banda da cantora e pastora Ludmila Ferber há nove anos, mesmo não sendo tão teórico quanto Zibordi, entende o que ele explica e corrobora, dizendo que não tem desejo de dançar ao ouvir uma música: “Normalmente, não tenho vontade de me mexer por inteiro. Quando ouço uma melodia, seja ela qual for, acompanho o ritmo com a mão, batendo numa mesa involuntariamente, e depois percebo que estou acompanhando na marcação do ritmo, sem prestar atenção na música ou em quem está cantando. Acho que isso só acontece por eu estar muito ligado à música”, explica o tecladista, que, segundo as explicações do pastor Ciro, ouve a música de forma intelectual.
Zibordi explica ainda que a música é formada por três elementos: a melodia, que é definida como uma sucessão ascendente e descendente de sons a intervalos e alturas variáveis, formando um fraseado; é adornada pela harmonia e acentuada pelo ritmo, embora possa ser compreendida isoladamente. A harmonia é uma combinação de sons simultâneos, emitidos no mesmo instante, tendo como base a tonalidade e como princípio gerador a estrutura do acorde. E o ritmo, uma sucessão regular de tempos fortes e fracos cuja função é estruturar uma obra musical.
O pastor e escritor Ciro Sanches Zibordi explica que há três maneiras de se ouvir uma música: com o corpo, com a emoção e com o intelecto

Em sua análise, esses três elementos, intrínsecos na música, se relacionam com o homem, que também é tripartido: espírito, alma e corpo. “Assim, o estilo musical apropriado para o cântico de adoração é o que tem como essência a melodia, pois é ela que se relaciona com o espírito. Há estilos carregados de agressividade e barulho, que apenas balançam o corpo, e não o coração, porque são rítmicos ao extremo, isto é, priorizam o ritmo, e não a melodia, que se relaciona com o espírito, a harmonia com a alma e o ritmo com o corpo. De acordo com 1 Tessalonicenses 5.23, Deus nos santifica a partir do espírito. Meditemos no que Paulo, inspirado pelo Espírito, disse aos gálatas: ‘Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?’ (Gl 3.3)”, alfineta o pastor.
Já Mário Persona, pastor e estrategista de comunicação e marketing, que tem um blog onde responde freqüentemente a diversos questionamentos do que o crente pode ou não fazer, recebeu recentemente a pergunta de um internauta: “É pecado crente dançar?”. Com muita cautela, ele não responde nem que sim nem que não, porém pondera que o mais importante antes de saber se irá queimar no fogo do inferno caso decida dançar, é primeiro entender o que significa ser um evangélico. “Será que o crente é alguém que se filia a uma denominação evangélica, põe uma Bíblia debaixo do braço e uma gravata no pescoço, ou, se for mulher, não corta o cabelo e não raspa a perna? Algumas pessoas pensam que ser crente é adotar tais costumes”. Persona especifica sobre a dança: “Você acredita que irá glorificar a Cristo fazendo isso? Seria interessante avaliar o ambiente onde pretende fazê-lo e ponderar se é um lugar adequado para um cristão. Lembre-se de que o que o cristão deve ter sempre em mente não são pensamentos do tipo: ‘O que posso fazer para agradar os meus desejos?’, mas sim ‘O que posso fazer para agradar ao Senhor?’”, leva à reflexão Persona.
“Normalmente, não tenho vontade de me mexer por inteiro. Quando ouço uma melodia, acompanho o ritmo com a mão, batendo numa mesa involuntariamente”, diz o músico Sandro Domingues

A DANÇA COMO MINISTÉRIO
Enquanto alguns crentes se questionam se dançar é pecado, existe quem faça isso como forma de adorar a Deus. Para Isabel Coimbra, professora na área de dança da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Fluminense (MG) e coordenadora dos trabalhos com dança do Ministério de Louvor Diante do Trono, o ponto chave sobre o ministério de dança é primeiramente a forma pela qual se entende a dança.
Em seu conceito, a dança é uma organização de movimentos técnico-corporais, que podem ser acompanhados de música ou não, carregados de emoção, intencionalidade e de valores históricos-socioculturais, o que a integra no universo da arte. A dança, nessa perspectiva, é uma forma de linguagem, trazendo nas suas inúmeras expressões e estilos, sentidos e significados atrelados à subjetividade característica dos movimentos e dos gestos do bailarino ou da bailarina em um espaço e tempo determinados, sem esquecer que, sem unção, a dança é só dança.
“No âmbito da Igreja, a unção é muito importante de ser trabalhada para que os ministros de dança possam ficar mais conectados com o Espírito Santo de Deus sem perder a racionalidade que a Palavra nos ensina nos cultos e em qualquer oportunidade de ministração.” Por isso, Isabel se preocupa não só com o conhecimento e o aprendizado de técnicas, mas com um discipulado constante voltado para a formação de um verdadeiro ministro da Palavra como um vaso de honra, restaurado, curado, liberto e integrado na obra de Deus.
Consciente de que há uma polêmica sobre não constar na Bíblia o ministério da dança, ela defende e explica que algumas igrejas, por razões administrativas ou de organograma, nomeiam o conjunto de grupos de dança, música e teatro como ministério. Na sua opinião, não há problema algum nisso, mas ressalta que é preciso um discipulado sério corpo-a-corpo, aliado ao ensino de conhecimento e técnicas específicas para não correr o risco de uma supervalorização do artístico na igreja.

Isabel Coimbra lembra que o ponto chave sobre o ministério de dança é primeiramente a forma pela qual se entende esta manifestação artística
Mas ainda há grande preconceito com o ministério da dança em específico. “Penso que isso é cultural e a Palavra nos ensina que os frutos mostram quem é a árvore. O que quebra 'preconceitos' humanos ou diabólicos é o Espírito Santo de Deus e depois os frutos que as pessoas e o grupo de dança dão. Lembrando que os frutos que realmente interessam são os testemunhos de uma vida cristã santificada a cada dia. Pessoas santas e ungidas produzirão entre seus frutos bons, danças santas e ungidas! Quando isso acontece, as resistências vão caindo e, em vez de opositores, vamos ganhando intercessores!' Isabel desabafa e afirma que sabe o que está dizendo porque aprendeu na própria pele, mas hoje colhe os frutos como uma das líderes do Mudança: Cia. de Dança e Artes Cênicas da Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte.

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Revista Enfoque Gospel, Ano 7, julho de 2008
Edição 84: DEBATE: EVANGÉLICOS E A DANÇA
Pode ou não pode?
Diane Duque