7 de set. de 2009

Jesus Cristo o Messias de Israel

Razões para crer que Jesus Cristo é o Messias de Israel

A profecia bíblica é a chave para se entender tanto o passado quanto o futuro. Embora aos cépticos ela talvez pareça uma pretensão absurda, é facilmente comprovada. Porque a maior parte das profecias registradas na Bíblia já se cumpriram, fica muito simples determinar se essas profecias são ou não são confiáveis.

Dois importantes assuntos da profecia deslizam consistentemente através das Escrituras. 1) Israel; 2) O Messias que vem para Israel e através de Israel para o mundo, como Salvador de toda a humanidade. Ao redor destes dois temas centrais quase todas as demais profecias se desenrolam e encontram o seu significado, seja o Arrebatamento da Igreja, o Anticristo, seu governo e religião vindouros, o Armagedom, a Segunda Vinda de Cristo, ou qualquer outra ocorrência profética. A Bíblia é absolutamente única na apresentação dessas profecias, as quais ela registra com detalhes específicos, começando há mais de 3.000 anos.

Cerca de 30% da Bíblia é dedicado à profecia. Esse fato torna válida a importância do que tem se tornado um assunto negligenciado. Em contraste marcante a profecia está completamente ausente no Corão, Vedas Hindu, Baghavad Gita, Ramayana, palavras de Buda e Confúcio, Livro de Mórmon, ou quaisquer outros escritos das religiões mundiais. Esse fato isolado já provê um inegável selo de aprovação divina e mesmo milhares de anos antes deles acontecerem, o Deus da Bíblia prova ser o único Deus verdadeiro, Criador do universo e da humanidade, o Senhor da História - e que a Bíblia é a Sua palavra infalível, dada a fim de comunicar os seus propósitos e meio de salvação a todos os que crerem. Aqui está uma prova tão simples que uma criança pode entender e tão profunda que os maiores gênios não podem refutar.

A profecia desempenha, então, um papel vital ao revelar o propósito de Deus para a humanidade. Ela também fornece uma prova simples na identificação do verdadeiro Messias de Deus, ou Cristo, e desmascara o impostor Satanás, o Anticristo, de maneira que ninguém que absorva a Palavra de Deus venha a ser por eles enganados.

Entretanto, por ser a profecia única na Bíblia, ela é única para Cristo. Profecia nenhuma narrou a vinda de Buda, Maomé, Zoroastro, Confúcio, Joseph Smith, Mary Baker Eddy, os populares gurus hindus que têm invadido o Ocidente, ou qualquer outro líder religioso, todos eles sem as credenciais que distinguem Jesus Cristo. Também há mais de 300 profecias do Velho Testamento que identificam o Messias de Israel. Séculos antes de sua vinda os profetas hebreus estabeleceram critérios específicos que deveriam ser preenchidos pelo Messias. O cumprimento dessa profecias nos mínimos detalhes da vida, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré demonstram indiscutivelmente ser Ele o prometido por Deus, o verdadeiro e único Salvador.

Além do mais, como estes dois itens importantes da profecia bíblica, Israel e o Messias, têm sido tratados em alguns dos meus outros livros, principalmente em "Quanto Tempo Nos Resta?", vamos resumir aqui rapidamente. Em Isaías 43:10, o Deus de Israel declara que os judeus são Suas testemunhas ao mundo de que Ele é Deus. Tal é o caso, apesar de 30% dos israelitas hoje afirmarem ser ateus e a maior parte dos judeus do mundo inteiro jamais achar que Deus existe. Mesmo assim eles são testemunhas, tanto para si mesmos como para o mundo da Sua existência em razão do espantoso cumprimento na história exatamente do que Deus falou que iria acontecer a esse povo especial.

O Povo Escolhido. Sua Terra e Destino

Embora muitas das profecias narradas com respeito a Israel ainda sejam para o futuro, nove profecias importantes envolvendo detalhes específicos e verificáveis já se cumpriram, exatamente como fora previsto séculos antes.

1. Deus prometeu uma terra e fronteira claramente definidas (Gênesis 15:18-21) a Abraão (Gênesis 12:1; 13:15; 15:7, etc.) e renovou tal promessa a Isaque, filho de Abraão (Gênesis 26:35), ao seu neto Jacó (Gênesis 28:13) e aos seus descendentes para sempre (Levíticos 25:46; Josué 14:9, etc.).

2. É um fato histórico que Deus trouxe esse "povo escolhido" (Êxodo7:7-8; Deuteronômio 7:6; 14:2, etc.) à Terra Prometida, quando incríveis milagres aconteceram.

3. Quando os judeus entraram na Terra Prometida, Deus os advertiu que se eles praticassem a idolatria e imoralidade dos habitantes primitivos, os quais Ele havia destruído por praticarem o mal (Deuteronômio 9:4). Ele os lançaria também para longe (Deuteronômio 28:63; 1 Reis 9:7 e 2 Crônicas 7:20, etc.) . Que isso aconteceu é novamente inegável pela história.

Até aí a história é arduamente comprovada. Outros povos haviam crido que uma certa área geográfica era a sua Terra Prometida e depois de entrarem foram mais tarde expulsos pelos inimigos. As próximas seis profecias, porém, e o seu cumprimento são absolutamente únicos na história dos judeus. A ocorrência desses eventos, exatamente como foram profetizados, jamais pode ter acontecido por acaso.

4. Deus declarou que o seu povo seria espalhado "entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra" (Deuteronômio 28:64; conf. 1 Reis 9:7; Nehemias 1:8; Amós 9:9; Zacarias 7:14, etc.). E assim aconteceu. O "judeu errante" é encontrado em toda parte. A precisão com que essas profecias aconteceram aos judeus se tornou marcante, porque segue cumprimento após cumprimento, até que a existência de Deus através do trato com o Seu povo escolhido se torne irrefutável.

5. Deus os admoestou que onde quer que vagassem, os judeus seriam "pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos", (Deuteronômio 28:37; 2 Crônicas 7:20; Jeremias 29:18; 44:8, etc.). Incrivelmente isso tem se tornado verdadeiro a respeito dos judeus através de toda a história, exatamente como a geração presente pode muito bem constatar. A maledicência, a promiscuidade, o desprezo, as piadas, o ódio violento chamado anti-semitismo, não apenas entre os Muçulmanos, mas até mesmo entre os que chamam Cristãos, é um fato único e persistente na história peculiar do povo judeu. Mesmo hoje, apesar da freqüente memória do Holocausto de Hitler, que chocou e envergonhou o mundo inteiro, como um desafio à lógica e à consciência, o anti-semitismo está vivo e recrudesce em todo o mundo.

História de Perseguição

Além do mais, os profetas declararam que esse povo espalhado não apenas seria difamado, denegrido e discriminado, mas

6. seria perseguido e assassinado como nenhum outro povo na face da terra, fato que a história atesta com eloqüente testemunho, o que tem exatamente acontecido aos judeus, século após século, onde quer que se encontrassem. O registro histórico de nenhum outro grupo étnico ou nacional de pessoas contém algo que ao menos se aproxime do pesadelo de terror, humilhação e destruição que os judeus têm suportado na história, pelas mãos dos povos entre os quais foram espalhados.

Vergonhosamente, muitos que afirmam ser Cristãos e, portanto, seguidores de Cristo, que era um judeu, estavam na primeira fila da perseguição e extermínio dos judeus. Havendo ganho completa cidadania no Império Romano pagão, em 212 d.C., sob o Édito de Caracalla, os judeus se tornaram cidadãos de segunda classe e objeto de incrível perseguição, depois que o Imperador Constantino supostamente se tornou cristão. A partir daí, foram os que se chamavam cristãos, os que se tornaram mais cruéis com os judeus do que os pagãos jamais haviam sido.

Os papas católicos romanos foram os primeiros a desenvolver o anti-semitismo ao máximo. Hitler, que permaneceu católico até o fim, afirmaria que estava apenas seguindo o exemplo dos Católicos e dos Luteranos em concluir o que a Igreja havia começado. O anti-semitismo fazia parte do Catolicismo, do qual Martinho Lutero jamais se libertou. Ele advogava que se incendiassem as casas dos judeus, dando-lhes a alternativa de se converterem ou ficarem sem a língua. (1) Quando os judeus de Roma foram libertados de seus guetos pelo exército italiano, em 1870, sua liberdade finalmente durou depois de cerca de 1.500 anos de inimaginável humilhação e degradação nas mãos dos que afirmavam ser os Vigários de Cristo. Papa nenhum odiou os judeus mais do que Paulo IV (1555-1559), cuja crueldade foi além da imaginação humana. O historiador católico Peter de Rosa confessa que uma completa "sucessão de papas reforçou os danos contra os judeus, tratando-os como leprosos, indignos da proteção da lei. Pio VII (1800-1823) foi sucedido por Leão XII, Pio VIII, Gregório XVI e Pio IX (1846-1878). Todos eles discípulos de Paulo IV (2) O historiador Will Durant nos lembra que Hitler teve bons precedentes para a suas sanções contra os judeus:

(O) Conselho (católico romano) de Viena(1311) proibiu qualquer transação entre cristãos e judeus. O Conselho de Zamora (1313) estabeleceu que se proibissem os cristãos de se associarem aos judeus... E levou as autoridades seculares (como a Igreja havia há muito reforçado em Roma e estados papais) a confinar os judeus em quarteirões separados (guetos) e compeli-los a usar um distintivo (antes havia sido um chapéu amarelo) e assegurar sua freqüência aos sermões para que se convertessem. " (3)

Preservação e Renascimento

Deus declarou que apesar de tais perseguições e periódicos massacres,

1. Ele não permitiria que o seu povo fosse destruído, mas o preservaria como um grupo étnico e nacional identificável (Jeremias 30:11; 31:35-37, etc.). Os judeus tinham toda razão de se interligarem através de casamentos, para mudar seus nomes e esconder sua identidade, de qualquer maneira possível, a fim de escaparem à perseguição. Por que preservar sua linha sangüínea se não possuíam uma terra deles, quando a maioria não cria literalmente na Bíblia e quando a identificação racial só lhes trazia as mais cruéis desvantagens?

2. Deixar de se interligar em casamentos não fazia sentido. Absorção por aqueles entre os quais se achavam teria parecido inevitável, de modo que um pequeno traço dos judeus como povo distinto não permanecesse até hoje. Além disso, esses desprezíveis exilados haviam sido espalhados por todos os cantos da terra por 2.500 anos, desde a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 ª C. Poderia a tradição ser tão forte sem uma fé real em Deus? Contra todas as previsões, os judeus se conservaram um povo distinto, depois de todos esses séculos. Este fato é um fenômeno sem paralelo na história e absolutamente peculiar aos judeus. Para a maioria dos judeus que viviam na Europa, a lei da Igreja tornou impossível o casamento interligado sem uma conversão ao Catolicismo Romano. Aqui mais uma vez a Igreja Católica desempenhou um papel infame. Durante séculos era pecado mortal, sob a jurisdição dos papas, um judeu casar-se com um cristão, evitando-se, assim, os casamentos mistos, mesmo entre os que o desejassem. A Bíblia diz que quando Deus determinou guardar o seu povo escolhido separado para Ele próprio (Êxodo 33:16; Levíticos 20:26, etc.), Ele o fez porque

3. Ele os traria de volta à sua terra nos últimos dias (Jeremias 30:10; 31:8-12; Ezequiel 36:24; 35:38, etc.), antes da Segunda Vinda do Messias. Essa profecia e promessa há tanto esperada foi cumprida com o renascimento de Israel em sua Terra Prometida. Isso aconteceu em 1948, quase 1.900 anos após a Diáspora final, na destruição de Jerusalém, no Ano 70 d.C., pelos exércitos romanos liderados por Tito. Essa restauração de uma nação, depois de 25 séculos, é absolutamente espantosa, um fenômeno sem paralelo na história de qualquer outro povo e inexplicável por meios naturais e muito menos pelo acaso. Mais notável é que

4. Deus declarou que nos últimos dias, antes da segunda vinda do Messias, Jerusalém se tornaria "um cálice de tontear... uma pedra pesada para todos os povos" (Zacarias 12:2-3) . Quando Zacarias fez esta profecia, há 2.500 anos, Jerusalém permanecia em ruínas e cheia de animais selvagens. A profecia de Zacarias parecia uma grande loucura, mesmo após o renascimento de Israel em 1948. Pois hoje, exatamente como foi profetizado, um mundo de quase 6 bilhões de pessoas tem os seus olhos voltados para Jerusalém, temendo que a próxima Guerra Mundial, se explodir, seja travada sobre essa pequenina cidade. Que incrível cumprimento da profecia!

Nenhuma Explicação Normal

Israel ocupa 1/6 de 1% da área de terra que os árabes possuem. Os árabes têm o petróleo, riquezas e a influência mundial que tais recursos parecem comandar exaustivamente. Não apenas no mapa mundial Israel é uma peça dificilmente discernível, como lhe faltam todas as coisas para que se torne o centro da atenção mundial. Entretanto, apesar de tudo isso, ela é o foco da atenção mundial, exatamente como foi profetizado.

Jerusalém é uma pequenina cidade sem importância ou localização estratégica. Mesmo assim, os olhos do mundo inteiro estão sobre ela mais do que sobre qualquer outra cidade. Jerusalém se tornou realmente uma pedra pesada ao redor do pescoço de todas as nações do mundo, o problema mais irritante e volátil que as Nações Unidos hoje enfrentam. E não há explicação lógica para isso. O que os profetas hebreus declararam há milhares de anos e que parecia absolutamente fantástico em seu tempo, está se cumprindo hoje. Essa é apenas uma parte da evidência, como veremos, de que os "últimos dias" profetizados estão chegando para nós e que a nossa geração talvez veja o restante da profecia cumprida.

As profecias acima delineadas (para não citar várias outras), têm sido assunto de registro público nas páginas da Escritura e têm estado disponíveis para exame cuidadoso durante séculos. Que elas se tenham cumprido com detalhes não pode ser obra do acaso, mas em verdade a prova evidente da existência do Deus que inspirou a Bíblia, provando a autenticidade e infalibilidade desse Livro. Em vista de tais esclarecimentos e admirável evidência, podemos gentilmente admitir que nenhum agnóstico ou ateu tenha se atrevido a ler as profecias bíblicas e as tenha checado pessoalmente com a história e eventos atuais.

Existem profecias adicionais concernentes a Israel e Jerusalém, que se referem aos últimos dias, as quais ainda aguardam futuro cumprimento. Entretanto, podemos estar certos, baseados nas profecias que já se cumpriram, que estas também vão se realizar em um futuro não muito distante. O tempo mais aterrador de destruição para os judeus e também para toda a população mundial ainda está por vir. Ele se chama "o tempo das dores de Jacó" (Jeremias 30:7) .

Com espantosa precisão a Bíblia não menciona Damasco, Cairo, Londres, Paris, como centro da ação dos últimos dias, mas apenas duas cidades específicas: Jerusalém e Roma. Elas são divergentes, têm sido inimigas desde a época dos Césares, e notavelmente continuam rivais ainda hoje pela supremacia espiritual. A Roma Católica reivindica ser a "Cidade Eterna" e a "Cidade Santa", títulos que a Bíblia deu a Jerusalém. Roma ainda afirma que é a "Nova Jerusalém", provocando um conflito direto entre a as promessas de Deus concernentes à verdadeira Cidade de Davi. Têm-se passado 2.000 anos de tensão e antagonismo entre Roma e Jerusalém. Durante quase 46 anos, após o renascimento de Israel em 1948, o Vaticano se recusou a reconhecer esse pais. Essa animosidade não foi apagada pela recente abertura que o Vaticano fez apenas como expediente para se aproximar de Israel. Roma quer exercer influência sobre a futura Jerusalém, a qual ela ainda insiste que se torne uma cidade internacional sobre a qual Israel não tenha mais direito do que qualquer outra nação.

Com espantosa precisão a Bíblia identifica Jerusalém e Roma como os pontos focais dos eventos profetizados para os últimos dias. Ambas vão ter sua parte no julgamento de Deus. Exige-se pouco mais do que atenção casual sobre as notícias diárias para se reconhecer a precisão da profecia. Aqui também, no que a Bíblia diz sobre Roma e a Cidade do Vaticano, temos evidência adicional de que este Livro é a Palavra de Deus - evidência que examinamos em detalhes.

"Varões Israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno... sendo entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos" (Atos 2:22-23).

"Paulo... por três sábados arrazoou com eles (os judeus em sua sinagoga) acerca das Escrituras... que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos.. é o Cristo (Messias) Jesus que eu vos anuncio" Atos 217:2-3 (Paulo num sermão de praxe) .

Uma Conspiração de Páscoa?

As profecias concernentes ao segundo tema mais importante da Bíblia, a vinda do Messias, são sempre mais numerosas do que as referentes a Israel. Essas profecias também têm sido tratadas com a mesma extensão em meus livros anteriores, de modo que vamos apenas resumir rapidamente algumas delas aqui. Mesmo a maioria dos críticos anti-cristãos, que negam categoricamente que Jesus de Nazaré seja o Salvador do mundo, admite que muitas das profecias messiânicas se cumpriram em sua vida e crucificação. Na tentativa de explicar o significado desse fato, algumas teorias bizarras têm sido inventadas.

Típicos de tais tentativas foram um livro e um filme (sem grande sucesso), de alguns anos atrás, intitulados "A Conspiração de Páscoa". Sua tese foi que Jesus, conhecendo algumas das profecias messiânicas do Velho Testamento, conspirou com Judas para realizá-las, a fim de dar a entender que ele era o Messias prometido.

Contradição Inconsistente?

Obviamente teria sido ridículo que Jesus se deixasse crucificar, a fim de convencer um pequeno bando de seguidores incultos e ineptos de que Ele era o Cristo. De fato, nem seus discípulos nem qualquer outro judeu, inclusive João Batista, poderia crer (embora as provas fossem claras, conforme Cristo sempre explicou) que o Messias seria crucificado. Pelo contrário sua morte até pareceu uma prova de que Ele não era o Messias, cumprindo, assim, as profecias referentes à sua crucificação, ao pé da letra, como Ele o fez, não sendo esse o meio de adicionar o que se seguiria. De fato, a morte de Cristo em cumprimento da Sagrada Escritura foi para pagar a penalidade dos nossos pecados.

A profecias referentes à sua morte (Salmo 22:16; Isaías 53:5; 8:10; Zacarias 12:10, etc.) eram evitadas pelos judeus como mistérios impenetráveis, pois pareciam totalmente acidentais em relação a outras profecias declarando claramente que o Messias subiria ao trono de Davi e governaria um reino magnífico. Como poderia o Messias estabelecer um reino de paz sem fim (Isaías 9:7) e ainda ser rejeitado e crucificado pelo seu próprio povo? Parecia impossível. E mesmo quando Jesus explicou esse fato ao correr do tempo, ninguém conseguiu entendê-lo. Mas haveria a ressurreição para abrir os olhos deles.

Além de Um Mero Homem

Sim, houve algumas profecias com as quais Jesus de Nazaré poderia ter conspirado com Judas ou outros para realizar. A maior parte das profecias, contudo, estava além do controle de um mero homem. Por exemplo, nascer em Belém, da semente de Davi, era um dos principais requisitos para o Messias. O tempo do nascimento do Messias, também, conforme profetizado, estava além da influência de qualquer mortal comum. Seu nascimento teria de acontecer antes do "cetro se arredar de Judá" (Gênesis 49:10) enquanto o templo ainda estivesse de pé (Malaquias 3:17), enquanto os registros genealógicos ainda estivessem disponíveis para provar a sua linhagem (2 Samuel 7:12; Salmos 89, etc.) e antes do Templo e Jerusalém serem destruídos (Daniel 9:26). Havia apenas uma estreita faixa de tempo durante a qual o Messias poderia vir... E Ele veio. Como o apóstolo Paulo, um ex-rabino, expôs de maneira eloqüente; "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gálatas 4:4). Agora já é tarde demais para que o Messias realize sua primeira vinda. Só pode haver uma segunda vinda, como a Bíblia declara. Mesmo assim os judeus aguardam a primeira vinda do que eles pensarão ser o Messias, mas que na realidade será o Anticristo.

O cetro de Judá foi arredado, desde cerca do ano 7, quando os rabinos perderam o direito de executar a pena de morte. Esse direito era crucial para a prática de sua religião, porque a morte era a penalidade para certas ofensas religiosas. Quando Pilatos disse aos judeus que nada tinha a ver com Jesus, e que eles mesmos o julgassem, os judeus responderam: "A nós não nos é lícito matar ninguém" (João 18:31). O Messias teria de nascer antes que tal poder fosse perdido e teria de morrer logo depois, para não morrer apedrejado, que era o modo de execução dos judeus, enquanto o dos romanos era a crucificação. Incrivelmente sua crucificação fora profetizada séculos antes que este meio de execução fosse conhecido: "Traspassaram-me as mãos e os pés" (Salmos 22:16) .

Obviamente, também, o Messias teria de nascer enquanto ainda existissem os registros genealógicos, ou não haveria prova alguma de que Ele descendesse de Davi. Esses arquivos se perderam com a destruição do Templo em 70 d.C., acontecimento que tanto Daniel como Cristo profetizaram (Mateus 24:2). Desde então seria tarde demais para o Messias vir, embora a maioria dos judeus ainda aguarde o seu primeiro advento. Por outro lado, os cristãos aguardam a segunda vinda, a qual também foi profetizada pelos profetas judeus.

Cumprimentos Incríveis

Se Jesus tivesse conspirado para realizar as profecias, Ele também teria levado Pilatos a condenar os dois ladrões a serem crucificados com Ele, em cumprimento de Isaías 53:9. Ele também teria de saber quais os soldados que estariam de serviço, a fim de os levar a dividir suas vestes e "deitarem sorte sobre sua túnica" (Salmos 22:18), a dar-lhe a beber vinagre misturado com fel (Salmos 69:21), a traspassar seu lado com uma lança (Zacarias 12:10), em vez de lhe quebrar as pernas, como era o costume, mas que não poderia ser feito ao Messias (Êxodo 12:46; Salmos 34:20) .

Onde os rabinos também tomaram parte na conspiração? Foi porque eles pagaram a Judas exatamente 30 moedas de prata pela traição, conforme profetizado em Zacarias, tendo sido esse dinheiro usado para comprar um "campo de oleiro" para sepultar estrangeiros, quando Judas o arremessou aos pés do templo, também profetizado em Zacarias 11:13? ? E por que eles o crucificaram exatamente quando os cordeiros pascais estavam sendo mortos em todo o Israel, em cumprimento de Êxodo 12:6? O cenário da Conspiração de Páscoa se mostra incrivelmente ridículo, quanto mais é examinado.

Onde Jesus iria conseguir dinheiro para pagar a multidão que o acompanhou a Jerusalém, saudando-o como o Messias, quando ele montava um jumento - o último animal que se esperaria fosse escolhido para ser montado por um rei, precisamente como fora profetizado em Zacarias 9:9? Era Nisen 10 (06/04), 32 d.C., o dia exato que os profetas haviam declarado que esse incrível evento iria acontecer - 483 anos até o dia (69 semanas de ano, conforme Daniel 9:25 havia profetizado), em que Neemias, no vigésimo ano do reinado de Artaxerxes Longimanus -(ª C. 465-425), tinha recebido (em Nisan 1, 445 ª C.) autorização para reconstruir Jerusalém (Neemias 2:1)! O cumprimento por Jesus destas e outras profecias messiânicas nos mínimos detalhes não pode ser nem de longe explicado.

Corpo Faltando. Túmulo vazio

Além do mais, se Jesus tivesse tido sucesso na "conspiração" para ser crucificado na data exata daquele tempo que fora profetizado - apesar da determinação dos rabinos ao contrário - (Mateus 26:5; Marcos 14:2),- Jesus ainda teria de ressuscitar dos mortos. Nenhuma "Conspiração de Páscoa", não importa quantos conspiradores estivessem envolvidos, poderia executá-lo. Uma ressurreição de mentira não teria sido suficiente para os seus seguidores propagarem o Cristianismo. Somente se Ele morreu e ressuscitou teriam eles motivo e coragem para proclamar o Seu Evangelho, em face das perseguições e martírios.

Os soldados romanos não dormiam em serviço. Se o tivessem feito enquanto os discípulos furtaram o corpo, eles teriam sido crucificados no dia seguinte, e também assim os discípulos pelo crime de quebrar o selo no túmulo. E se os discípulos tivessem furtado o corpo e de algum modo o mantido em lugar secreto, por que iriam eles morrer por uma mentira? Eles eram tão covardes que nenhum deles teria desejado morrer pelo que haviam crido ser a verdade. Mesmo assim, quase todos eles morreram como mártires, declarando até o fim que eram testemunhas oculares da ressurreição de Jesus. Nenhum deles tentou salvar a própria vida em troca da revelação do lugar onde o corpo havia sido escondido. Simplesmente não existe maneira de explicar um inegável túmulo vazio, exceto pela ressurreição.

O Hinduísmo, o Budismo, o Islamismo e nenhuma outra religião do mundo pode ter a pretensão de afirmar que o seu líder ainda está vivo. Para o Cristianismo, contudo, a ressurreição é o coração do evangelho. Se Cristo não ressuscitou dos mortos, então tudo não passa de uma fraude. Não mandou Jesus os seus discípulos seguirem para as longínquas Sibéria e África do Sul, a fim de pregar a sua ressurreição? Ele os mandou começar por Jerusalém, onde, se Ele não tivesse ressuscitado dos mortos, um pequeno passeio até o túmulo, nos arredores da cidade, teria provado que Ele ainda estava morto. Como os rabinos e o governador romano teriam adorado poder desacreditar o Cristianismo, antes que ele se alastrasse. A maneira mais segura teria sido colocar o corpo de Jesus bem à mostra, só que eles não puderam fazê-lo. O túmulo seriamente guardado, de repente ficou vazio.

Entra Paulo de Tarso

As provas da ressurreição de Jesus são numerosas e irrefutáveis, mas tendo já tratado desse assunto em outro lugar, mencionaremos apenas uma - uma prova sempre visada. Que Cristo realmente ressuscitou dos mortos é a única explicação para o fato de Saulo de Tarso, o maior inimigo do Cristianismo, ter se tornado apóstolo. Um rabino novo e popular, Saulo ia a caminho de grandes honrarias pelo seu papel de liderança em perseguir uma seita aberrante, com detenção, prisão e martírio. Então, de repente ele se tornou um dos cristãos mais desprezados e perseguidos e por causa disso foi detido várias vezes, espancado e aprisionado. Certa ocasião, ele até foi apedrejado e considerado morto. Finalmente foi degolado. Essa incrível reviravolta não faria sentido ... a não ser que...

Por que trocar voluntariamente a popularidade pelo sofrimento e eventual martírio? Paulo explicava ter encontrado o Cristo ressurrecto, e o que havia morrido pelos pecados do mundo estava vivo e se tinha revelado a ele. Esse testemunho, contudo, não foi suficiente em si para provar que Cristo realmente estava vivo. Algo mais seria necessário.

Ninguém poderia duvidar da sinceridade de Paulo. Isso foi demonstrado pelo seu desejo de sofrer e até morrer por Cristo. Uma crença sincera, porém não era prova suficiente de que Cristo realmente estivesse vivo. Seria possível Paulo ter sofrido uma alucinação e simplesmente imaginado que Cristo lhe tinha aparecido e com ele falado e que ainda estava vivo.

Os governadores romanos Felix e Festo, bem como o Rei Agripa escutaram a narração de Paulo sobre o seu encontro sobrenatural e tiveram a certeza de que ele era sincero, mas que estava enganado (Atos 24:26). Essa explicação, contudo, não explica os fatos. A repentina intimidade de Paulo com os ensinos de Cristo fornecem prova suficiente da ressurreição, que jamais poderia ser explicada de outro modo.

Evidência Conclusiva

Paulo, que não havia conhecido Cristo antes dele ser crucificado, de repente se tornou a maior autoridade no que Cristo havia ensinado particularmente dentro do seu círculo de discípulos. Ele devia tê-lo encontrado. Os apóstolos, que haviam sido pessoalmente instruídos por Cristo durante vários anos, tinham de reconhecer que o seu antigo inimigo, Paulo, sem consultar nenhum deles, sabia tudo que Cristo lhes havia ensinado e até tinha "insights" mais seguros do que eles. Quando Paulo repreendeu Pedro por ter errado, este submeteu-se à correção (Gálatas 2:11-14) .

"Recebi do Senhor o que também vos entreguei..." (1 Coríntios 11:23), era como ele iniciava sua explanação à Igreja de Corinto sobre o que acontecera na Última Ceia e o que Cristo havia ensinado aos seus discípulos naquela ocasião. Mesmo que Paulo não tivesse estado presente, ele não consultou nenhum dos que haviam estado lá. "... Não consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim..." (Gálatas 1:16-17) era o testemunho seguro de Paulo. Que ele tenha se tornado de repente o apóstolo principal e maior autoridade sobre o que Cristo havia ensinado, só poderia ser explicado pelo fato dele ter sido instruído pelo Cristo ressurrecto, exatamente como ele afirmava.

Sem consultar nenhum daqueles que haviam sido discípulos de Cristo durante o seu ministério terreno, Paulo havia se tornado a principal autoridade na doutrina cristã, como todos as igrejas teriam de reconhecer. Ele escreveu a maior parte das Epístolas do Novo Testamento. "Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem. Porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo" (Gálatas 1:11-12) era o testemunho solene de Paulo. Não existe outra explicação se não a de ter Cristo ressuscitado e instruído Paulo pessoalmente.

Razão de Confiança

O cumprimento das profecias acima mencionadas, bem como dezenas de outras sobre a vida, morte e ressurreição de Cristo provam, além de quaisquer dúvidas possíveis, que Ele é o Messias de Israel, o Salvador do mundo. Ninguém pode examinar os fatos e permanecer em dúvida honesta (um descrente honesto). Aqueles que se recusam a crer em face da extraordinária evidência se tornam indesculpáveis.

Tomamos estas poucas páginas para estabelecer a validade da profecia bíblica, com um propósito. Tendo em vista que o que a Bíblia profetizou referente aos eventos do passado se cumpriu com 100% de precisão, temos razão de sobra para crer que o que a Bíblia profetizou com respeito ao futuro do mesmo modo se cumprirá.

Caps. 2 e 3 do livro "A Woman Rides the Beast",

de Dave Hunt, traduzido por Mary Schultze.


Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (até 1948) são as autênticas Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), são as únicas que o crente deve usar, pois são fielmente traduzidas somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).

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